O tenente-coronel Mauro Cid deixou o Batalhão do Exército de Brasília, por volta das 14h40 deste sábado, 9, onde está preso desde o dia 3 de maio. Cid é suspeito de ter inserido dados falsos de vacinação contra a covid-19 no sistema do Ministério da Saúde de membros de sua família e do ex-presidente Jair Bolsonaro, de quem era ajudante de ordens. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes homologou, neste sábado, 9, um acordo de colaboração premiada com Cid.
Cid está proibido de usar as redes sociais ou entrar em contato com os outros investigados, inclusive por meio dos advogados |
Mauro Cid se encaminhou à Polícia Federal (PF), onde fez o exame do corpo de delito, para averiguar seu estado de saúde ao deixar o Batalhão, e para que fosse colocada a tornozeleira eletrônica.
O magistrado concedeu a liberdade provisória do militar, mediante o cumprimento de medidas cautelares como o uso de tornozeleira, limitação para sair de casa em fins de semana e pela noite, proibição de sair do país e a entrega do passaporte em cinco dias, suspensão do porte de arma de fogo, bem como o registro para coleção, tiro esportivo e caça, além do afastamento do Exército.
Cid está proibido de usar as redes sociais ou entrar em contato com os outros investigados, inclusive por meio dos advogados, com exceção da mulher, Gabriela Cid, da filha e do pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid.
A determinação de Moraes é fruto de um acordo que Cid acertou junto à PF e a delação ocorre no âmbito do inquérito das milícias digitais e das demais investigações ligadas, dentre elas a que apura a venda de presentes recebidos pela Presidência durante o governo Bolsonaro e a dos atos golpistas do dia 8 de janeiro.