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quinta-feira, 28 de abril de 2016

Eletrobras Piauí corta energia de 40 municípios em débito

Pelo menos 40 municípios com dívidas com a Eletrobras Piauí tiveram a energia elétrica de órgãos da administração pública cortada, obrigando a prefeitura a remanejar os serviço para outros prédios nos municípios. A Eletrobras Piauí informou que as dívidas ultrapassam R$ 150 milhões. Diante da falta de negociação com os municípios para o pagamento, resolveu cortar o fornecimento de energia elétrica. O objetivo da Eletrobras é forçar a negociação ou o parcelamento da dívida para restabelecer a ligação elétrica nos municípios.
40 municípios em débito tiveram o fornecimento de energia suspenso
A Associação Piauiense dos Municípios (APPM) está tentando intermediar uma negociação das dívidas entre municípios e a Eletrobras para evitar mais problemas para a população. O presidente da APPM, Arinaldo Leal, disse que está tentando fazer um acordo coletivo das prefeituras em débito com a Eletobras Piauí. Ele relatou algumas dificuldades por conta da crise financeira e das dividas acumuladas. "A situação está critica e muitas prefeituras não estão cumprindo os compromissos", disse Arinaldo Leal.
Segundo ele, a Eletrobras levantou os problemas nos municípios em débito. "Mas existem outros problemas financeiros com precatórios, encargos e outras dívidas que levam ao seqüestro das contas pela Justiça ou pela Receita, e os municípios ficam com pendências", adiantou. A APPM orientou os prefeitos a comprovarem a falta de condições para pagar os débitos, para que possa negociar e parcelar o pagamento junto à Eletrobras. "Estamos tentando negociar os valores entre as prefeituras e a Eletrobras", disse Arinaldo Leal.
Segundo ele, os municípios enfrentam problemas também com quedas de energia e com gambiarras. "O programa Luz para Todos está parado e tem muita oscilação na distribuição de energia", relatou Arinaldo. Houve uma reunião entre a direção da APPM e a direção da Eletrobras para tentar negociar as dívidas e cobrar a tarifa social, que é uma redução nas contas das famílias que estão incluídas no programa Bolsa Família. "Buscamos as parcerias necessárias, mas a Eletrobras cobra muitos direitos e não vê todas as suas obrigações", reclamou o presidente da APPM.
Um dos prefeitos que esteve ontem pela manhã na APPM e na Eletrobras foi o de Redenção do Gurguéia, Delano Parente, que tem dívidas acumuladas superiores a R$ 107 mil e teve o fornecimento de energia interrompido. Por conta disso, a prefeitura parou o funcionamento e remanejou os serviços que funcionavam na sede da prefeitura para outros prédios. Já tem mais de 20 dias que a prefeitura de Redenção do Gurgueia está sem energia e o debito está acumulando desde novembro de 2015. - diário do povo

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