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sábado, 16 de abril de 2016

"Não posso trocar o governo que acredito por uma aventura", diz Marcelo Castro

O deputado federal Marcelo Castro (PMDB-PI) foi exonerado do Ministério da Saúde, para votar em favor da presidente Dilma Rousseff (PT) no próximo domingo. Em resposta ao seu posicionamento, o parlamentar piauiense foi bastante claro e coeso.
Deputado destacou que os que defendem Temer nem votaram nele na eleição de 2014
“Pedi a presidenta para me exonerar pelo motivo de que quero exercer meu direito de votar como deputado federal, para manifestar minha posição contra o impeachment. Como ontem teve reunião da bancada do PMDB, achamos importante todos participarem e fechamos a questão de que todos podem votar como quiserem. Estamos no presidencialismo e quem escolhe o presidente é o povo. Não estamos no parlamentarismo. Há data certa para começar e terminar o mandato. Não existe nem de longe crime de responsabilidade fiscal cometido pela presidente”, justificou.
Castro destacou ainda a antiga relação de amizade e parceria que possui com o PT em âmbito nacional e com o governador Wellington Dias (PT-PI), ao qual é aliado desde seu primeiro mandato, em 2002. Em sua fala, o deputado ressaltou que sempre votou em Lula e Dilma e que não seria honesto de jogar fora 13 anos de relações políticas por o que ele caracterizou como “uma aventura”.
“Tenho uma longa história junto com esse grupo político. Em 2002, 2006, 2010 e 2014 votamos nos candidatos do PT, se apoio esse governo desde 2002, e agora sou ministro da Saúde, e se eu daqui a três dias me posicionasse contrário, não faria sentido. Se voto nesse grupo há 13 anos é porque apoio esse governo. Minha posição é que agora nós votaremos contra o impeachment. É uma situação disputada, vai ser um placar apertado, mas estamos confiantes que a oposição não conseguirá colocar 342 votos a favor do impeachment. Não haverá impeachment”, garantiu Marcelo Castro.
Perguntado sobre como ficará sua situação com o PMDB, ele lembra que o partido sempre foi aberto em aceitar a posição de seus membros e lembrou algumas situações onde parte da legenda não seguiu o ordenamento da executiva nacional. Contudo, ele destaca que não haverá punição para os que votarem a favor do governo.
 “Minha relação com o PMDB está muito boa, como sempre esteve. Desde sua origem o PMDB respeita suas posições internas. O Mão Santa era senador do PMDB do Piauí e falava do Lula direto, sempre houveram essas pessoas contras, sempre convivemos com as divergências dentro do partido. Muitos do que defendem impeachment e querem Michel na presidência não votaram no Michel. Muitos dos nossos companheiros votaram no Aécio. Eles não quiseram apoio ao PT e ao Michel. Eles descumpriram a convenção nacional do partido”, finalizou o deputado que deverá voltar ao Ministério da Saúde após a votação. - Manoel José
  

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