Meio Norte
Neste final de semana, a modelo e apresentadora Ana Hickmann
foi vítima de um atentado provocado por um psicopata que acabou morto com
disparos na nuca após luta corporal com o cunhado da vítima. Neste mesmo dia,
quatro jovens foram mortos na capital piauiense, sendo todos vítimas de arma de
fogo.
No Piauí, somente em 2015, segundo dados fornecidos pela
Secretaria de Segurança Pública, 370 pessoas foram mortas por arma de fogo, o
que corresponde a 60, 55% das vítimas de homicídio doloso no Estado.
Registro de posse ou porte de arma de fogo só é possível com
autorização da Polícia Federal, após uma verdadeira maratona burocrática e a
maioria acaba desistindo.
A pergunta que fica: De onde vem essas armas? O
mercado negro é a opção mais fácil para quem quer comprar uma arma de fogo. O
resultado para quem tenta ir para este lado, agindo de forma ilícita, muitas
vezes não acaba bem.
Em uma recente operação, policiais da Delegacia
Especializada de Prevenção e Repressão a Entorpecentes (DEPRE) encontraram uma
arma que era usada por um homem que, segundo a polícia, é suspeito de tráfico
de drogas.
“Dentro da residência encontramos o Miguel que é um velho
conhecido da polícia e tem três passagens por tráfico. Nós encontramos uma arma
de fogo calibre 38 com quatro munições intactas”, afirmou o delegado Matheus
Zanatha.
Quase 13 anos após o Estatuto do Desarmamento, ouvimos a
opinião de alguns piauienses.
“A questão do desarmamento, em um contexto geral, eu acho
que as autoridades tinham que organizar. Primeiro passo: você é um cidadão eu
sou o cidadão, então qual a proteção que nós temos? Se o poder público não
consegue nos proteger, eles teriam que procurar uma maneira melhor de proteger
a gente”, afirmou uma pessoa que preferiu não se identificar.
“Uma arma em casa para própria segurança e da nossa
família”, opinou outro.
“Tinha que andar armado, sim. Só os bandidos podem andar
armados?”, questiona uma senhora.
“Muitos bandidos armados e soltos por aí e os populares,
como ficam?”, pergunta um homem.