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quarta-feira, 22 de junho de 2016

IML abriga corpos de crianças há 1 ano e Conselho é acionado

PpC com informações do portal meionorte                                                   
Após uma denúncia feita pela promotora de justiça Leida Diniz, de que o Instituto Médico Legal (IML) estaria abrigando cerca de 11 corpos de crianças há mais de um ano, o 4ª Conselho Tutelar de Teresina entrou no caso, pedindo providências e explicações sobre a presença desses corpos. O conselheiro tutelar Djan Moreira entregou na terça-feira, dia 21, um oficio pedindo esclarecimentos sobre a real situação.
"Denúncia feita pela Dr. Leida Diniz, que é promotora de Justiça. Ela colocava isso, de que havia 51 corpos no IML e que desses 51, 11 eram de crianças. Então, nós protocolamos hoje pela manhã o oficio e fazendo algumas perguntas, entre elas:  Se há realmente esses corpos no IML; qual a fiaxa etária; se foram identificados; se foi identificado algum familiar e a última pergunta: por quais razões os corpos dessas crianças ainda permanecem no IML? ", questionou.
De acordo com o Conselheiro Tutelar, os corpos estariam amontoados no local por falta de caixões. "A funcionária nos pediu 15 dias para poder nos responder e repassar essas informações. O certo é que, segundo informações, esses corpos estão lá amontoados por conta da falta de caixões. Se é por causa da falta de caixão, nós estamos fazendo esses procedimentos e se for o caso vamos recorrer da velha 'vaquinha', para poder comprar esses caixões, já que o estado e o município ficam aí lavando as mãos", acrescentou.
O diretor do IML, Daniel Guedes, disse que está realizando o levantamento dessas informações. "De imediato, entrei em contato com os auxiliares de necropsia, para fazer esse levantamento. Então, semana passada, havia sido divulgado na mídia que nós tínhamos dentro do IML 51 corpos aguardando o enterro. e que não foi possível até o momento", disse.
Instituto Médico Legal (IML)
Segundo ele, ainda não é possível saber o sexo e faixa etária das possíveis crianças que estariam há mais de um ano no IML. "A questão do sexo dessas possíveis crianças e faixa etária nós não podemos dizer muita coisa ainda, já que estamos na fase de levantamentos. Os corpos continuam aqui porque nós continuamos aguardando as urnas provenientes dos órgãos responsáveis", argumentou.
Daniel prefere não falar em 'lotação', mas ressalta problemas e dificuldades enfrentadas pelo IML. "Os 51 corpos não lotam as geladeiras, porque ainda temos uma certa quantidade de espaço, mas são 11 geladeiras, sendo que cada uma comporta 6 corpos. Algumas delas vão para o interior, IML de Picos e Parnaíba, É uma situação tensa, porque a qualquer momento uma dessas geladeiras pode apresentar algum defeito e os moradores das proximidades do IML podem sofrer com o forte odor", afirmou.

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