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terça-feira, 28 de junho de 2016

Paralisação de 72 horas está prejudicando o andamento de cirurgias, consultas e exames no Piauí

A paralisação dos médicos que compõem a rede estadual de saúde está prejudicando o andamento de cirurgias, consultas e exames no Piauí. Para se ter uma ideia do impacto negativo do movimento, que teve início nesta terça-feira (28), pelo menos 100 cirurgias deixarão de ser feitas no Hospital Getúlio Vargas (HGV) enquanto os profissionais tiverem de braços cruzados. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pela Secretaria Estadual de Saúde.
De onze salas cirúrgicas do HGV, em apenas duas foram realizadas cirurgias nesta terça. Para a diretora do Hospital Getúlio Vargas, Clara Leal, o prejuízo da greve será grande mesmo com a estratégia da Sesapi de fazer o reagendamento dos procedimentos.
“A previsão é que 30 cirurgias deixarão de ser realizadas diariamente, totalizando 100”, informa Clara.
Já no Ambulatório Integrado do HGV, uma média de 500 consultas será cancelada diariamente durante os três dias de paralisação dos médicos.  A supervisora Marta Solange, explica que  as consultas que estavam marcadas para hoje, dia 28, serão agendadas para o dia 19 de julho.
“As marcadas para o dia 29, serão constadas para o dia 20 de julho e as do dia 30 de junho, ficarão no dia 21 de julho. Os serviços de exames estão sendo realizados normalmente”, esclarece a supervisora Marta Solange.

Médicos cobram reajuste salarial de 30%
O movimento foi deflagrado após o governo do Estado não cumprir acordo feito com os médicos que prestam serviço para a rede estadual de Saúde. A presidente do Simepi, Lúcia Santos, afirma que o reajuste salarial de 30%, acertado entre as partes ainda no ano passado, não foi pago no mês de maio, data da base da categoria.
“Ficou acertado que o governo pagaria esses 30% dividido em três parcelas durante o triênio de 2016, 2017 e 2018”, explica Lúcia Santos. O Sindicato conta que buscou entendimento com o governo, mas foi informado que o aumento do salário não seria possível porque as contas do executivo estadual estão no limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e no momento nenhuma categoria pode reajuste salarial.
Em nota, o secretário estadual de Saúde, Francisco Costa, garantiu que está buscando diálogo com a categoria médica. O gestor reafirma a impossibilidade legal do Governo do Estado de fazer reajuste salarial, por conta da LRF, e descartou o reajuste imediato para os médicos.
“Todas as medidas necessárias para diminuir gastos com a folha de pessoal estão sendo tomadas pela Secretaria de Saúde e por todas as secretarias de governo para que possamos voltar ao patamar em condições de dialogar com a categoria e fazer seus reajustes, não só dos médicos, mas de todas as categorias”, esclareceu Francisco Costa.
Diante do impasse, o movimento paredista continua até o dia 30 de junho, quando a categoria médica se reúne novamente para fazer novas deliberações. Durante a paralisação só estão estão sendo feitos atendimentos nas urgências e emergências dos hospitais.


PpC com informações do cidadeverde.com

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