Em ato realizado na Praça do Mirante, em Parnaíba, cirurgiões dentistas de 12 municípios
realizaram um ato alusivo à paralisação dos atendimentos durante a manhã desta
terça-feira (28). O movimento pauta melhorias salariais, valorização por meio
de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, e de reajuste devidos, em média,
há 7 anos.
Os municípios de Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande,
Cajueiro da Praia, Bom Princípio, Buruti dos Lopes, Joaquim Pires, Cocal dos
Alves, Cocal da estação, Caxingó, Caraúbas do Piauí e Murici dos Portelas
estiveram sem os serviços odontológicos. O movimento conta com o apoio do
Sindicato dos Odontologistas do Estado do Piauí (Soepi) e do Conselho Regional
de Odontologia do Piauí (CRO-PI).
Profissionais de 12 municípios mobilizados por melhorias salariais, valorização por meio de um Plano de Cargos, Carreiras e Salários, e de reajuste devidos, em média, há 7 anos. |
O movimento reflete uma insatisfação com a falta de
compromisso dos gestores públicos de valorizar os servidores da saúde, aponta o
presidente do Soepi, Sérgio Pires. “Existe uma disparidade na remuneração dos
profissionais nos municípios do Piauí. O que precisamos é alcançar uma
valorização que encaminhe para a conquista de um valor mínimo que respeite os
cirurgiões dentistas que prestam um serviço de qualidade beneficiando a
população piauiense”, relata o presidente do Sindicato.
O presidente do Soepi explica ainda que, entre outras
questões, o vencimento pago atualmente não permite uma estabilidade aos
trabalhadores.
“Em Caraúbas, por exemplo, os dentistas se aposentam com R$
900,00. Isso é um verdadeiro absurdo. Para citar mais exemplos, em Ilha Grande
é pago um salário de R$ 1.140,00, em Cajueiro da Praia o salário é de R$
1.400,00 e em Buriti R$ 1.500,00. É uma questão de dignidade. Para termos uma
ideia, em Teresina o salário base vai chegar à R$ 4.100,00, sendo o salário
final no valor de R$ 9mil, além das gratificações que somam mais de R$2.500,00.
Estamos lutando por dignidade”, afirma.
Os cirurgiões dentistas prometem realizar novas paralisações
caso não haja avanços no atendimento às reivindicações junto aos gestores
municipais. “Existem graves problemas na saúde pública de nossos municípios e
nós desejamos que nosso movimento ajude a melhorar a realidade dos
profissionais que merecem trabalhar e serem valorizados de forma digna”,
completa Allane Samara, cirurgiã dentista que compõe a comissão responsável por
acompanhar o andamento das negociações.
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