Uma lista divulgada pela Revista Congresso em Foco mostra
que o senador piauiense Elmano Férrer (PTB) está entre os parlamentares que
irregularmente emprega mais funcionários em seu gabinete. O piauiense teria
mais assessores do que o permitido.
Com um total de 80 assessores, Elmano extrapola os limites
permitidos pelo Senado, passando até mesmo do presidente da Casa Renan
Calheiros, que emprega 71 pessoas.
Senador Elmano Ferrer PTB-PI, 80 assessores com salários que variam de R$ 1,8 mil a R$ 18,9 mil nos gabinetes de Brasília e Teresina |
O senador piauiense distribui seus assessores entre o
gabinete em Brasília, com 27 funcionários, e o escritório em Teresina, onde
dispõe de 53 pessoas, com salários que variam de R$ 1,8 mil a R$ 18,9 mil.
Elmano só perde para o senador Hélio José (PMDB - DF),
suplente efetivado em janeiro de 2015, que montou um supergabinete com 86
servidores à sua disposição, número maior até do que o de senadores, que é de
81.
Pelas regras da Casa, cada senador pode manter até 55 cargos
de confiança, desde que a remuneração total não ultrapasse os R$ 70 mil
mensais. Ele pode escolher: distribuir salários mais elevados a poucos
servidores, ou contratar muitos assessores com menor remuneração.
Elmano Férrer afirma que não “não infringe as normas da
Casa” e alega que o número de assessores é justificável em razão das funções
que exerce. Além da liderança de seu partido, é o terceiro suplente da Mesa
Diretora, e um dos vice-líderes do chamado bloco Moderador, formado por PTB,
PR, PSC, e PRB.
São essas brechas que os parlamentares aproveitam no
regimento interno do Senado para inflar suas equipes com novas contratações,
como os cargos na Mesa Diretora ou lideranças partidárias.
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