Edição: ParnaibapontoCom
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí
(Sinpolpi) Constantino Júnior, comandou juntamente com os policiais que estavam
em paralisação durante 72h, uma pequena manifestação dentro da Assembleia
Legislativa (Alepi) durante a divulgação do relatório financeiro do Estado
referente ao primeiro quadrimestre de 2016.
De acordo com Constantino Júnior, o atual secretário de
Segurança do Piauí Fábio Abreu (PTB) tem apadrinhado uma série de policiais
militares que estariam lotados dentro da SSP-PI. Entre eles, capitães e
coronéis.
“Hoje nós temos um capitão que é deputado federal, e o que
ele fez foi institucionalizar a Polícia Militar dentro da Secretaria de
Segurança. Vários policiais militares que deveriam estar nas ruas fardados
fazendo policiamento ostensivo que é o papel da Polícia Militar, estão batendo
palmas, abrindo e fechando portas para o Fábio Abreu. Cito aqui um capitão no
setor de finanças da Secretaria, um coronel no setor de finanças da Secretaria,
uma capitã no setor pessoal, uma capitã sendo chefe de gabinete”, denunciou
Constantino Júnior.
Constantino Júnior, presidente do Sinpolpi Foto: Manoel José/CT |
O sindicalista foi mais além nas denúncias e revelou que
vários outros policiais militares estão atuando à paisana realizando
investigações, que seriam de responsabilidade da Polícia Civil.
“Hoje existem vários policiais militares à paisana fazendo
investigação que não é o papel desses profissionais, enquanto isso você não
encontra uma viatura da Polícia Militar realizando policiamento ostensivo. Isso
é um absurdo, nós temos que denunciar, porque esses militares são servidores da
sociedade e não podem sofrer essas interferências políticas. Essas são as
explicações para os Policiais Civis estarem nas ruas”, finalizou.
Nova greve
Os civis anunciaram na manhã de ontem (22) que a paralisação
de 72h serviria como um indicativo de uma greve geral que será deflagrada a
partir do dia 05 de julho em todo o Piauí, caso o Governo do Estado não acate
as reivindicações da categoria.
Entre as principais reivindicações estão o reajuste salarial
e o aumento do efetivo. De imediato, o secretário de Fazenda Rafael Fonteles
informou que não é viável realizar o tamanho do reajuste pedido. Segundo ele, o
Piauí já chegou ao limite fiscal e não pode mais reajustar salários de qualquer
categoria que seja.
Quanto ao aumento de efetivo, o secretário Fábio Abreu
destacou que somente em 2017 está previsto a realização de concurso público
para Polícia Civil, Militar e Corpo de Bombeiros.
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