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sexta-feira, 28 de abril de 2017

Condomínio alvo de operação da Eletrobras diz que empresa e polícia fizeram "flagrante preparado"

Editado por ParnaibapontoCom |
O Condomínio Fazenda Real, um dos alvos de uma operação da Eletrobras e da Polícia Civil para o combate ao furto de energia, afirmou nesta sexta-feira(28) que ação realizou um “flagrante preparado”, já que os consumidores abordados foram justamente aqueles que solicitaram instalação ou troca de medidor de eletricidade. A nota do condomínio afirma que as abordagens foram na verdade uma retaliação contra reclamações realizadas pelos consumidores, além de abuso de autoridade e invasão de privacidade.
“Questionamos também o porquê da condução de moradores até a Greco, sendo que os mesmos tinham em mãos os protocolos de solicitação de instalação ou substituição de medidores de energia elétrica. A Eletrobras-PI sabia, portanto, quais moradores necessitavam do equipamento e no lugar de instalar os medidores levou a polícia para conduzi-los no que consideramos um ‘flagrante preparado’”, diz trecho da nota.
O delegado Lércio Evangelista, que estava na “Operação Real”, afirmou que todas as prisões foram feitas em situação de flagrante. O delegado confirmou que não havia investigação ou mandado a ser cumprido, que a Polícia Civil estava no local a pedido da Eletrobras e que desconhece o histórico entre os consumidores flagrados e a Eletrobras.
“Eram todas ligações irregulares, o que é crime. A polícia em nenhum momento tinha ciência sobre os problemas entre empresa e consumidores, mas, independente disso, os consumidores nunca poderiam fazer o que fizeram. Além disso, o apoio para a Eletrobras é legal”, disse Laércio.
Para o G1, a Eletrobras Piauí afirmou que todos os seus procedimentos são embasados na legislação vigente e que o furto de energia de energia é um crime tipificado no Código Penal.
No dia 26 de abril, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) e técnicos da Eletrobras realizam uma operação de combate ao furto de energia em no condomínio Fazenda Real e também no Condomínio Grand Park. Dez pessoas foram presas e sete detidas.
Na nota divulgada pelo Fazenda Real, o condomínio sugere que a operação pode ser uma retaliação, já que os moradores atingidos pela ação acionaram a Eletrobras judicialmente e no Procon.
“Vários condôminos e a própria Administração do Condomínio oficializaram denúncias junto a Aneel ou propuserem ações judiciais ou reclamações no PROCON, inclusive com registro de Boletins de Ocorrências registrados na Polícia Civil, por causa de danos morais e materiais aos condôminos. Certamente, o número de reclamações dos condôminos deve ter reunido um considerável volume de material contra a Eletrobras-PI, que curiosamente iniciou a ‘Operação Real’ ou ‘Caiu na Real’ exatamente pelas residências cujos proprietários formalizaram as suas reclamações ou ações judiciais”.
O texto afirma que defende e apoia toda e qualquer ação de combate a atos lesivos ao erário, a exemplo do furto de energia. Entretanto, o condomínio argumenta que a operação desenvolvida pela Eletrobras e Polícia Civil foi abusiva e pirotécnica, já que não havia inquérito em curso e ou mandados judiciais expedidos.
Por fim, o condomínio afirmou que vai adotar as medidas cabíveis contra o que ele considera abuso de autoridade, invasão de privacidade e danos morais praticados contra condôminos e contra a administração do Condomínio Fazenda Real. G1
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