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quarta-feira, 26 de abril de 2017

PF cumpre mandados no Piauí em operação contra esquema de lavagem de dinheiro

Editado por ParnaibapontoCom |
A Polícia Federal está cumprindo mandados judiciais no Piauí como parte da "Operação Perfídia", deflagrada na manhã desta quarta-feira (26), para investigar uma organização criminosa especializada em lavagem internacional de dinheiro, blindagem patrimonial e evasão de divisas. Segundo a polícia, a quadrilha tem ramificações em pelo menos cinco países.
Agentes da PF foram às ruas para cumprir o total de 103 mandados judiciais em 11 Estados e no Distrito Federal, onde a ação se concentra. Além do Piauí, também há mandados na Bahia, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, São Paulo e Tocantins.
Dois mandados foram de prisão temporária. As duas pessoas foram presas em Brasília: Claudia Chater, prima de Habib Chater, dono de posto de gasolina e um dos primeiros presos na Operação Lava Jato; e Edvaldo Pinto, uma espécie de funcionário de Cláudia.
Outros 46 mandados são de condução coercitiva (quando a pessoa é levada para depor) e 55 são de busca e apreensão.
Segundo a polícia, a investigação começou a partir de uma prisão em flagrante ocorrida na imigração do aeroporto de Brasília em agosto de 2016.
O núcleo duro da organização criminosa, segundo a polícia, são empresários como donos de postos de gasolina, agências de turismo e casas lotéricas. De acordo com as investigações, eles realizavam operações de câmbio não-autorizadas, dissimulavam compra e venda de imóveis de alto valor e remetiam o dinheiro ilegalmente para o exterior.
A PF apura ainda o uso de "laranjas" por parte dos integrantes da quadrilha e também a falsificação de documentos públicos, especialmente certidões de nascimento emitidas em cartórios no interior do país. Também foram falsificados passaportes.
A polícia informou que em apenas uma das operações fraudulentas de compra e venda de imóvel, o grupo criminoso obteve o valor de R$ 65 milhões.
Ainda de acordo com a PF, em uma ação realizada em 2016 em um endereço de um dos integrantes do núcleo duro do esquema foram encontrados documentos que apontam para uma empresa do tipo offshore controlada pela organização no exterior. Essa empresa, segundo as investigações, pode ter realizado movimentações de mais de US$ 5 bilhões.
Até agora as investigações apuraram que esquema contou com o apoio de advogados, contadores, serventuários de cartórios, empregados de concessionárias de serviços públicos e também de um servidor da Polícia Federal.

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