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terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Pescadores do litoral recebem orientação sobre o câncer de boca através de Projeto da UESPI

Edição Teodoro Neto
Acadêmicos de Odontologia da Universidade Estadual do Piauí, Campus Prof. Alexandre Alves de Oliveira, em Parnaíba, realizam mutirões de orientação e prevenção do câncer de boca com pescadores dos municípios de Parnaíba e Luís Correia. O projeto iniciou em 2016 e já contempla 500 atendimentos gratuitos que são realizados mensalmente em reuniões do sindicato dos pescadores, na Clínica de Odontologia da Uespi, e também incluem visitas domiciliares divididas por região.
O projeto de extensão tem como objetivo a prevenção do câncer de boca em uma parcela da comunidade de risco, que seriam os pescadores. Segundo o coordenador do projeto, prof. dr. Carlos Falcão, a patologia ocorre devido a fatores predisponentes: exposição solar, etilismo, fumo, próteses mal adaptadas e fragmentos de dentes.
Durante o segundo ano de ação do projeto, período de 2016 a 2017, foram realizadas ações mensais por 20 alunos do curso de Odontologia da Uespi, em parceria com o Sindicato dos Pescadores do município de Parnaíba.
“O projeto consiste em levar à categoria vulnerável, palestras e orientações sobre a prevenção do câncer de boca e orientação correta sobre o autoexame bucal”, explica o coordenador Carlos Falcão. Segundo ele, o tratamento exige atuação de equipes multiprofissionais (dermatologista, enfermeiro, oncologista, cirurgião-dentista estomatologista e patologista oral) e a contribuição dos estudantes é imprescindível. “Realizamos exames e, se forem observadas lesões suspeitas ou fatores predisponentes, estes são encaminhados para equipes na Clínica de Odontologia da Uespi e realizados os demais exames como o histopatológico”, alertou Falcão.
A discente de Odontologia Humbelina da Silva acompanhou os pacientes com alteração tecidual identificada em triagem, na primeira edição do projeto. “Repassei esclarecimentos sobre o câncer de boca e saúde bucal, além de orientação da correta realização do autoexame com distribuição de material ilustrativo confeccionados pelos próprios discentes”, explicou a professora.
A equipe monitorou dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) e estima que o câncer de boca está muito associado ao cigarro e outros fatores de riscos como alcoolismo e a má higiene oral. “Buscamos modificar realidades e melhorar a qualidade de vida dos assistidos, além de disseminar o conhecimento do autoexame e a importância da visita periódica ao dentista para assim favorecer o diagnóstico precoce do câncer de boca”, acrescenta Humbelina.
Câncer de Boca
O Ministério da Saúde indica que o câncer de boca afeta os lábios e o interior da cavidade oral. Dentro da boca devem ser observados gengivas, bochechas, céu da boca e língua (principalmente as bordas e região embaixo da língua). Segundo o órgão, as incidências ocorrem com maior frequência em homens acima dos 40 anos, mas podem afetar pessoas de ambos os sexos e de todas as idades, até mesmo em crianças.
A estimativa de casos em 2016, conforme o Inca,  foi de 15.490, sendo 11.140 homens e 4.350 mulheres, e o número de mortes em 2013 contabilizou 5.401, sendo 4.223 homens e 1.178 mulheres. Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria dos casos (80%) desse tipo de câncer tem cura. Informações Vanderson de Paulo/Jornal da Parnaíba
Foto | ASCOM UESPI

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