Informações OitoMeia
Edição Teodoro Neto/ParnaíbapontoCom
O detento Kellvy Sousa Alves, de 25 anos, foi encontrado
morto na tarde deste domingo (14/01) nas dependências da penitenciária Irmão
Guido, localizada na BR, zona rural de Teresina.
Ele estava preso desde janeiro de 2016, na cela 3 do
pavilhão B e foi encontrado morto, sem qualquer marca de perfuração ou de
agressão, deitado em seu colchonete. Segundo informou ao OitoMeia a assessoria
da secretaria estadual de Justiça o motivo foi uma espécie de “mal-estar”.
“O preso que faleceu reclamou no sábado que estava passando
mal. Por causa disso, foi levado ao hospital, foi atendido e recebeu alta.
Neste domingo faleceu. A gerência do presídio prestou toda assistência médica.
Ao fazer uma vistoria de rotina, viu o preso passando mal, chamou o Samu, mas o
detento veio a óbito”, informou a assessoria.
Um áudio e um vídeo foram divulgados, que teria sido feitos
pelos próprios presos, informando que o preso foi morto na verdade por causa de
uma ação desastrosa dos próprios agentes penitenciários. Eles informam que
Kellvy foi morto por causa de uma bomba disparada dentro da cela e não por
causa de um mal estar. A Sejus nega essa informação.
O Sindicato dos Policiais e Agentes Penitenciários, no
entanto, informou ao OitoMeia que estranha a forma como o detento foi
encontrado, pois se ele morreu por uma espécie de mal-estar deveria ter tido
todo um procedimento. Para o Sinpoljuspi, há a suspeita de algum princípio de
motim. “Deveria ter ido até o local a delegacia de Homicídios, o preso deveria
ter ficado internado… isso tudo para que não haja dúvidas de que ele morreu por
algum problema de saúde”, afirmou Kleiton Holanda, vice-presidente do
sindicato.
Ele diz que as suspeitas aumentam ainda mais devido o fato
de a gerência da Irmão Guido ter feito pelo menos nove transferências e
registrar que um detento saiu ferido. E que isso foi descoberto durante uma
vistoria. “É no mínimo muito estranho que a penitenciária tenha feito essas
transferências sem qualquer motivo aparente. Geralmente quando isso ocorre é
por causa de algum principio de tumulto, motim… e como esse detento foi ferido?
E como um detento é encontrado morto durante uma vistoria? Enfim, iremos até a
penitenciária apurar melhor este caso”, disse Kleiton.
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