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terça-feira, 17 de julho de 2018

Suspensão do Iaspi/Plamta não atinge serviços de urgência e emergência


Edição Teodoro Neto
Informações Cidadeverde.com
A suspensão de atendimento do Iaspi/Plamta não deve atingir a urgência e emergência no Estado. Segundo o presidente do Sindicato dos Hospitais, Clínicas, Casas de Saúde e Laboratórios de Pesquisas e Análises Clínicas do Estado do Piauí (SINDHOSPI), Jefferson Campelo, apenas as cirurgias eletivas, exames e consultas estão suspensos até o governo do Estado fazer o repasse dos meses de abril e maio deste ano.
“O que nós queremos é que seja cumprido o contrato feito ao longo dos anos com a Sefaz. Hoje estaria atrasado totalmente o mês de abril, e conforme eles paguem como falam o mês de maio já vai estar atrasado. Por isso, queremos o pagamento de abril e maio para ficar em dias”, disse o presidente.
“Nós não queríamos a paralisação, não achamos ser o melhor caminho, mas não achamos outra alternativa. Nós não podemos subsidiar o tratamento dos servidores do Estado. Está sangrando a nossa economia. E enquanto isso não podemos retornar o atendimento”, acrescentou.
Ele ressaltou que clínicas, laboratórios e hospitais em todo o Piauí estão com atendimento eletivo suspenso.
O servidor Sebastião Magalhães, do Conselho Fiscal e Deliberativo do Iaspi Saúde, reclama na falta de repasse do Governo para os hospitais.
“Não é o governo que paga o plano, são os servidores. E a gente paga todos os meses porque vem o desconto no contracheque. Não podemos pagar por um erro do governo. A situação é calamitosa. O servidor se vê doente, é assegurado do Plamta, e quando precisa vai ao hospital e não é atendido, ele fica ainda mais doente”, conta o servidor.
Hoje pela manhã a aposentada Maria Helena da Silva, que veio de São Miguel do Tapuio, ficou surpresa ao receber a notícia da suspensão do atendimento.
“Ontem eu fui ao médico e ele me passou uns exames, e hoje soube disso e vim aqui e falaram que está suspenso. Eu sou pobre, moro no interior, se eu tivesse dinheiro não precisa viver isso”, lamenta.
Maria Helena reclama que recebe apenas um salário mínimo de aposentada. Do valor, todos os meses são descontados o Plamta e o Iaspi.
“A gente vem do interior se consultar e passa por isso. E fora o desconto de todo mês eu ainda pago as consultas e exames também”.
Alguns servidores estão indo presencialmente buscar por informações na sede do Iaspi porque ligam para marcar consultas nas clínicas e são informados da suspensão por tempo indeterminado.
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