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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Presos da SEMAR na Operação Natureza são libertados

Edição Teodoro Neto
A Polícia Civil libertou os seis presos na manhã desta quinta-feira, 30, na Operação Natureza após prestarem depoimentos no Grupo de Repressão ao Crime Organizado – Greco.
O secretario estadual de segurança pública, coronel Rubens Pereira informou que as prisões decretadas pela justiça eram temporárias e que os presos poderiam ser libertados após o depoimento e prestação dos esclarecimentos.
Foram libertado o superintendente da Semar, Carlos Antônio Moura Fé, os servidores públicos Fabrício Napoleão Andrade e Daniele Melo Vieira que são auditores ambientais, os empresários César Luis Barros Martírios Moura Fé, Tiago Maximiano Junqueira, Carlos Alberto do Prado Tenório, o Bebeto e Ivoneta Gontijo dos Santos.
O primeiro a ser libertado foi Tiago Junqueira e os últimos Carlos Antonio Moura Fé e Carlos Alberto do Prado Tenório, o Bebeto.
A Polícia Civil divulgou os nomes dos sete presos na operação “Natureza” contra esquema de corrupção e desvio de recursos públicos na Semar. A operação foi comandada pelo Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco).
O empresário Tiago Junqueira, um dos presos na Operação Natureza, foi solto na tarde desta quinta-feira (30). O secretário de Segurança Pública, coronel Rubens Pereira, afirmou que a libertação ocorreu porque a prisão é temporária.
Em nota, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), informou que está colaborando plenamente com a investigação.
Segundo o delegado Willame Morais, a polícia tem vasto material que comprovam a participação dos presos. Houve quebra de sigilo bancário, telefônico e fiscal.
Os presos recebiam propina para expedir licença ambiental no estado.
Foram presos: o superintendente da Semar, Carlos Antônio Moura Fé, os servidores públicos Fabrício Napoleão Andrade e Daniele Melo Vieira que são auditores ambientais, os empresários César Luis Barros Martírios Moura Fé, Tiago Maximiano Junqueira, Carlos Alberto do Prado Tenório e Ivoneta Gontijo dos Santos.
Confira a nota completa:
A Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar) informa que está colaborando plenamente com a investigação em curso da Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – Greco, que investiga crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais.
As ações dos investigados são desde 2012 e a Semar se coloca à total disposição para esclarecer quaisquer questionamentos, sempre visando à transparência e o correto funcionamento da administração púbica.
Em entrevista coletiva, o delegado Willame Moraes, afirmou que o superintendente da SEMAR era o grande organizador desse grupo criminoso. “Eles praticavam alguns atos de irregularidade, alguns atos ilegais a favor de alguns empresários tanto da capital como do interior do estado. De acordo com as investigações o superintendente da SEMAR era o grande organizador desse grupo criminoso, tinha conhecimento de tudo, utilizava de assessores que trabalhavam na Secretaria para fazer intermediação ou favores que eram requisitados pelos empresários”, declarou.
“A Polícia Federal recebeu essa informação, repassou para Polícia Civil no caso do GRECO em 2015 só que os atos nós começamos a investigar  desde 2012. Eles recebiam vantagens indevidas, dinheiro, exatamente para fazer não só licenças ambientais mas também outros tipos de fraude”, afirmou.
Em nota divulgada pela Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (GRECO), foi informado que a Operação investiga funcionários da SEMAR desde 2012, depois de receber denúncia anônima, "pelos crimes de desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de licenças ambientais de forma irregular [...]", informa a nota.
Leia Nota da Greco na íntegra:
A Secretaria de Segurança Pública e a Polícia Civil do Estado do Piauí, através do Grupo de Repressão ao Crime Organizado – GRECO, comunicam que na data de hoje (30.08.2018), foi deflagrada a Operação NATUREZA que teve por objetivo prender agentes públicos e empresários que cometeram crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais.
Foram expedidos pela Dra. Júnia Maria Feitosa Bezerra Fialho, titular da 4ª Vara Criminal de Teresina, 10 (dez) mandados de busca e apreensão e 7 (sete) mandados de Prisão Temporária que foram cumpridos em Teresina-PI, Regeneração-PI, Guadalupe-PI e Brasília-DF.
As investigações foram iniciadas em 2015, por meio de uma denúncia anônima feita à Polícia Federal e, posteriormente encaminhada ao GRECO, visando a apuração de ilícitos praticados por servidores da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado do Piauí (SEMAR-PI), tais como desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de licenças ambientais de forma irregular, dentre outros.
As ações dos investigados ocorrem desde 2012 e o valor estimado de prejuízo à Administração Pública é de R$ 3.129.236,04 (três milhões, cento e vinte e nove mil, duzentos e trinta e seis reais e quatro centavos).
A operação contou como o apoio operacional da Diretoria de Inteligência da SSP e Polícia Civil (DINT), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), Divisão de Operações Especiais (DOE), Delegacia de Repressão a Crimes de Internet (DRCI), Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), 4º Distrito Policial, Polícia Civil do Distrito Federal, 25º Batalhão do Exército Brasileiro e Tribunal de Contas do Estado.
Meio Norte

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