Edição Parnaibapontocom
Uma investigação feita pela Polícia Federal (PF) reforça a versão de que Adélio Bispo de Oliveira agiu sozinho para dar uma facada no candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, no último dia 6 de setembro em Juiz de Fora (MG).
A informação foi divulgada pelo jornal "Folha de S.Paulo" e confirmada pelo G1 junto à assessoria da PF.
Um dia após o crime, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que a PF trabalhava com a hipótese de Adélio ter atuado como "lobo solitário".
Os investigadores também afastaram a hipótese de que Adélio teria recebido pagamento em sua conta bancária para executar o ataque ao presidenciável.
De acordo com a PF, o recurso encontrado na conta do agressor tem origem "sustentável", de uma rescisão trabalhista, e de remuneração pelo período que trabalhou como garçom.
Um cartão de crédito internacional encontrado com Adélio nunca foi utilizado, conforme a investigação, e foi emitido automaticamente pelo banco em que o agressor tem conta.
O computador pessoal de Adélio, segundo a PF, é antigo e estava quebrado, tendo sido utilizado pela última vez em 2017. Além disso, dos quatro celulares encontrados com o agressor, somente dois funcionavam e nenhum foi comprado nas semanas que antecederam o ataque a Bolsonaro.
Para a PF, Adélio tinha condições financeiras próprias de pagar, de forma antecipada, a hospedagem em uma pensão de Juiz de Fora.
Os policiais também investigaram pessoas citadas em redes sociais que seriam cúmplices de Adélio e teriam repassado a faca ao agressor. No entanto, os investigadores descartaram essas suspeitas.
Faca
Sobre a opção de Adélio de utilizar uma faca para cometer o crime, a PF apurou que o agressor tinha experiência no manejo de facas e já havia trabalhado em um açougue na cidade de Curitiba (PR).
Na lâmina da faca, peritos encontraram traços de DNA de Jair Bolsonaro, o que confirma que o objeto foi utilizado no crime. Segundo a PF, Adélio já possuía a faca meses antes de atacar o presidenciável.
Um dos inquéritos que investiga o crime deve ser concluído nesta semana. Ao longo das investigações, a PF também está apurando informações e teorias conspiratórias que circulam na internet.
Folha de São Paulo/G1
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