O homem apontado como condutor da moto aquática da qual uma
jovem caiu e morreu na Lagoa do Portinho, no Litoral do estado, não tinha
habilitação, de acordo com a Marinha do Brasil. O capitão de fragata Benjamim
Duarte informou ao G1 que os advogados do condutor compareceram à Capitania dos
Portos do Piauí (CPPI) nesta terça-feira (17) e comunicaram que o cliente está
disponível para esclarecimentos.
Segundo o capitão Duarte, o veículo é de propriedade de
outra pessoa que, ao ser procurada, informou ter vendido a moto aquática para o
condutor envolvido no acidente e ainda não tinha realizado a transferência de
propriedade.
“O veículo está regularmente inscrito, é uma embarcação
regular, mas o proprietário nos informou preliminarmente que havia vendido a
moto aquática para esse condutor”, disse.
Pelas normas da autoridade marítima, ao vender uma
embarcação o proprietário deve comunicar à CPPI a transferência de propriedade
para o novo dono.
“Dessa forma ele se resguarda de qualquer responsabilidade
sobre aquela embarcação, mas nesse caso não foi feito isso. Então estamos
apurando”, afirmou o capitão Duarte.
O proprietário vai responder a um inquérito administrativo
sobre fato de navegação. "Teremos uma oitiva para que ele responda
oficialmente tudo que aconteceu e que ele possa esclarecer os fatos”, explicou
o capitão dos portos do Piauí.
O inquérito aberto pela Marinha tem prazo de 90 dias para
ser concluído. Durante esse período serão realizados perícias e laudos que
podem apontar as causas e circunstâncias do acidente, auxiliando na
investigação da Polícia Civil, responsável pelo caso na esfera criminal.
O acidente
De acordo com o Corpo de Bombeiros, três pessoas passeavam
na moto aquática pela Lagoa do Portinho, quando duas jovens caíram na água no
final da tarde de domingo (15). Conforme as apurações preliminares, as duas não
estariam usando colete salva-vidas. Uma jovem foi resgatada por pescadores e
Mara Luíza morreu após a queda.
O corpo da vítima só foi encontrado pelo Corpo de Bombeiros
quase 24 horas após o acidente, na segunda-feira (16). Segundo testemunhas, o
homem que pilotava a moto aquática fugiu do local logo após o acidente.
Uma amiga das jovens ouviu o relato da sobrevivente. “Ela me
disse que tentou salvar a Mara, mas não conseguiu. Esse cara saiu não sei para
onde, jogou o colete para ela, e elas não conseguiram. Se afastaram uma da
outra, e a Mara afundou”, contou.
O major Rivelino Moura informou que o piloto da moto
aquática pode responder judicialmente pelo ocorrido, a depender dos resultados
das apurações sobre o acidente. Por se tratar de um acidente náutico, a
Capitania dos Portos do Piauí acompanha a investigação. Da Redação com informações do G1 Piauí
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