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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Respiradores de baixo custo desenvolvidos por piauienses aguardam aprovação da Anvisa

Dois projetos de respiradores de baixo custo desenvolvido por piauienses aguardam homologação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Após a aprovação, que dura entre 20 a 30 dias, os aparelhos poderão ser produzidos em escala e comercializados.

Um dos projetos é o Delta lung I, desenvolvido por fisioterapeutas da Universidade Federal do Delta (UFDPar). Eles criaram um modelo de ventilador mecânico de baixo custo e portátil, para facilitar o transporte tanto em ambulâncias como por dentro dos hospitais.
Segundo o fisioterapeuta Kelson Sales, o equipamento conta apenas com peças de fabricação nacional, o que ajuda a baratear o produto. Somente após homologação da Anvisa, o pesquisador deve ter uma média do valor do equipamento.
"Tivemos resultado positivo dos testes em pulmão artificial. Vamos fazer o ensaio do protótipo esta semana e na terça-feira encaminhar para homologação da Anvisa. O ventilador será entregue à uma fabricante de equipamentos hospitalares", explicou Kelson Sales.

Outro projeto que aguarda avaliação é o Air Tron, que foi desenvolvido com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal do Piauí (UFPI) e da UFDPar. O aparelho é um ventilador mecânico com os requisitos mínimos para ajudar no tratamento da Covid-19.
O diretor da startup Tron Ensino de Robótica Educativa, Gildario Lima, explicou que o equipamento possui sensores de pressão, fluxo e saturação de oxigênio, além de ventilação controlada e perfis de ventilação assistida. O aparelho foi desenvolvido com supervisão de médicos, fisioterapeutas, infectologistas e engenheiros elétricos.
Segundo o pesquisador, o aparelho pode ser monitorado à distância. O profissional poderá acompanhar o seu uso, já que é possível prever erros e qualquer manuseio incorreto será informado à uma central de monitoramento.
A principal diferença do Air Tron para os demais respiradores disponíveis no mercado é o preço. Enquanto um respirador industrial custa em média R$ 50 mil, o aparelho piauiense custará em média R$ 6 mil. O equipamento pode ser usado em crianças e adultos, inclusive em pacientes com sobrepeso.
O projeto foi apresentado durante teleconferência no sábado, 26, ao governador Wellington Dias, que prometeu apoio à pesquisa e produção dos respiradores. O projeto será enviado nos próximos dias para a avaliação da Anvisa e terá documentação aberta para fins filantrópicos.
"O estado vai dar apoio à pesquisa e produção dos respiradores, através disso, queremos a doação dos aparelhos para a rede de saúde pública do Piauí. Muito orgulhoso com a iniciativa dos piauienses!", declarou. Da Redação com informações de Catarina Costa, G1 PI 

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