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terça-feira, 19 de maio de 2020

Empresa de Robótica em Parnaíba iniciará fabricação de 300 respiradores no Piauí

A partir da próxima segunda-feira, 25, a empresa Robótica Tron, startup piauiense com sede em Parnaíba, iniciará a fabricação de 300 respiradores mecânicos para ajudar no tratamento de pacientes com Covid-19 no estado.

A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 18, pelo professor e pesquisador Gildário Lima, proprietário da Robótica Tron e coordenador do projeto.   
A empresa já apresentou os primeiros protocolos a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e continua os testes em parceria com Universidade Federal do Delta do Parnaíba, a Fapepi (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí) e Universidade Federal do Piauí (Ufpi). 
O protótipo - batizado de AIR-TRON - segundo a empresa está sendo construído de acordo com as normas da Associação Médica Brasileira (AMB).
O ventilador mecânico pulmonar é de baixo custo e a venda no mercado será em torno de R$ 6 mil a R$ 7 mil. Hoje, o mercado estrangeiro vende de R$ 50 mil a 160 mil um respirador.
A empresa de robótica informou que serão produzidos, inicialmente,  300 respiradores que vão ajudar hospitais públicos do estado.
Gildário Lima garantiu que faz tratativas com a Anvisa para que o equipamento seja liberado o mais rápido possível. 
"O respirador não precisa de testagem em humanos, vamos atender todos os protocolos da Anvisa, e enviaremos os documentos e laudos dos equipamentos o mais rápido possível". disse Gildário.
A Ufpi durante toda essa semana estará fazendo testes de robustez e da parte elétrica do respirador. "Estamos aferindo todas as peças para definir uma carta de manutenção para saber o tempo de duração do equipamento e o período de troca das peças", disse o professor Fábio Rocha, do Curso de Engenharia Elétrica da Ufpi. Os testes deverão ser concluídos até sexta-feira.
Gildário informou que Associação dos Fisioterapeutas e uma junta de médicos de larga experiência avaliaram o protótipo e deram laudo positivo. 
Segundo Gildário, 40 pesquisadores estão trabalhando no protótipo que conta com apoio também da Fiepi, dos Sesc do Piauí e de Minas Gerais e do governo do estado do Piauí.
De acordo com o pesquisador, o diferencial do respirador fabricado no Piauí é que todos os componentes são encontrados no País. No final de semana chegaram novos componentes para a fabricação do equipamentos. O governo do estado enviou um avião para buscar os componentes e insumos dos ventiladores mecânicos. 
"Como nossa pesquisa está sendo bem feita, paralelo as avaliações da Anvisa, já vamos começar a produzir na segunda-feira, pois quando a Anvisa autorizar já teremos equipamentos prontos", disse. 

Máscaras aprovadas pela Anvisa
A Tron, recentemente conquistou mais uma vitória. É uma das primeiras empresas a ter o aval da Anvisa para a produção de uma máscara com estética criada pelos piauienses. 
"A nossa preocupação não é vender respiradores, mas ter parceiros para ajudar e avançar no desenvolvimento dos equipamentos".

O equipamento oferece possibilidades também de atendimento por telemedicina (um profissional pode operar a máquina de outros lugar), faz todos os modos de operação (pressão controlada/ volume assistido e controlada/ pressão assistida e controlada e pressão de suporte).
O respirador piauiense, segundo o governador Wellington Dias (PT) pode ser uma alternativa não só para o Piauí como para todos os estados brasileiros. 
"Não podemos ser uma ilha, o Piauí precisa buscar soluções também para o País. Estamos muito otimista com os resultados", disse o governador. Da Redação com informações de Yala Sena/cidadeverde.com


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