O Piauí está aguardando a liberação da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) para que o estado possa produzir ventiladores
mecânicos. O modelo foi desenvolvido pela startup de Robótica TRON, com apoio
de pesquisadores da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPAR) e UFPI. O equipamento é de baixo custo e
utiliza materiais segundo normas da Associação Médica Brasileira (AMB). De
acordo com o governador Wellington Dias, 300 unidades já foram encomendadas.
“Encaminhamos o pedido de reconhecimento à Anvisa e com isso
a gente vai ficar numa situação de, no Piauí, pessoas serem atendidas com
dignidade. Já são 300 respiradores encomendados. Isso vai ser uma novidade. A
doutora Tatiana Chaves, da Vigilância Sanitária, está empenhada nesse reconhecimento
da Anvisa, que deve acontecer nos próximos dias”, disse o governador ao
inaugurar o hospital de campanha instalado no ginásio Verdão, em Teresina.
O governador disse ainda que autorizou uma aeronave ir a São
Paulo buscar os insumos necessários para a produção dos equipamentos. “Hoje eu
liberei uma aeronave para ir a São Paulo pegar os insumos que estão sendo
comprados e devem chegar ao Piauí amanhã, de forma a garantir a produção de
respiradores no Piauí”, afirmou.
Wellington Dias, inclusive, já mostrou a ideia ao ministro
da saúde, Nelson Teich, o que pode levar os ventiladores mecânicos produzidos
no Piauí servirem a outros estados. “Estamos nessa parceria com esse time de
Parnaíba, liderado pelo Dr Gildário, e todos os envolvidos para que tivéssemos
condições técnicas adequadas”, disse o governador.
Ventilador tem integração com telemedicina
Segundo a UFPI, o ventilador pode ser usado em crianças,
adultos, e pessoas com sobrepeso. O equipamento é capaz de controlar variáveis
como pressão e vazão do oxigênio. Conta com sensores de fluxo, de pressão, de
saturação de oxigênio, além de integração com telemedicina, inteligência
artificial e conta com perfis para ventilação assistida e controlada.
O ventilador tem custo de produção de aproximadamente R$ 6
mil enquanto equipamentos industriais são vendidos a partir de R$ 50 mil. O
respirador leva apenas algumas horas para ficar pronto. O aparelho tem
documentação aberta, que permite a qualquer pessoa ou empresa acessar o
protocolo e fabricá-lo para fins de filantropia, após autorização da Anvisa. Da Redação com informações do Cidadeverde.com
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