Moradores de 46% das residências piauienses (468 mil lares) enfrentam algum grau de insegurança alimentar, ou seja, dificuldade na obtenção de alimentos. Nesses domicílios, onde residem 1,5 milhão de pessoas, a qualidade e/ou quantidade de alimentos disponíveis são consideradas inadequadas, devido à falta de recursos para a aquisição dos produtos. A informação é do suplemento de Segurança Alimentar da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2017-2018, produzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Cerca de 28,9% dos lares do estado (294 mil) enfrentam insegurança alimentar leve – quando há preocupação ou incerteza quanto ao acesso a alimentos no futuro e a qualidade dos produtos adquiridos é inadequada em razão de estratégias que visam não comprometer a quantidade disponível. São 986 mil pessoas nessa situação.
Aproximadamente 11% dos domicílios do Piauí (112 mil) estão em situação de insegurança alimentar moderada – quando ocorre a redução quantitativa de alimentos entre os adultos e/ou ruptura nos padrões de alimentação resultante da falta de alimentos entre os adultos. Há 386 mil pessoas nessa situação no estado.
Com maior dificuldade para adquirir alimentos estão 6,1% das residências piauienses (62 mil), que enfrentam situação de insegurança alimentar grave – quando ocorre restrição quantitativa de alimentos entre todos os moradores, incluindo crianças, podendo chegar à situação de fome. Cerca de 193 mil pessoas estão classificadas no nível de insegurança alimentar grave.
Apenas pouco mais da metade (54%) dos domicílios piauienses (550 mil) estão em situação de segurança alimentar – quando os moradores consideram ter pleno acesso aos alimentos em quantidade e qualidade suficientes. Há 1,6 milhão de pessoas em situação de segurança alimentar no Piauí.
O percentual de domicílios em algum nível de insegurança alimentar no Piauí (46%) é superior ao verificado no Brasil (36,7%), sendo que o estado possui a 12ª maior proporção do país. No entanto, o estado possui a segunda menor proporção de insegurança alimentar da região Nordeste, atrás apenas da Bahia (45,3%).
A região com maior percentual de domicílios em situação de insegurança alimentar é a Norte (57%), seguida pelo Nordeste (50,3%), Centro-Oeste (35,2%), Sudeste (31,2%) e Sul (20,7%). Porém o estado com maior proporção está no Nordeste: o Maranhão, onde 66,2% dos lares enfrentam algum grau de insegurança alimentar. A menor proporção é de Santa Catarina, apenas 13,1%.
A pesquisa utiliza a Escala Brasileira de Segurança Alimentar (EBIA) para classificar a situação dos domicílios quanto ao acesso a alimentos. As respostas dos moradores foram dadas considerando os três meses anteriores a data da entrevista da pesquisa, cujos questionários foram aplicados entre junho de 2017 e julho de 2018.
Informações da Ascom/IBGE
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