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quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Wellington Dias e outros governadores se revoltam com veto à vacina

Um dia após o acerto com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para a aquisição de 46 milhões de doses da vacina chinesa coronavac, contra o novo coronavírus, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desautorizou o acordo, o que provocou revolta no governador piauiense Wellington Dias (PT) e outros líderes estaduais.  

A negativa de Bolsonaro eleva as insatisfações dos Estados com o Governo Federal, principalmente no que tange ao diálogo e articulação conjunta entre os líderes. "O compromisso assumido ontem foi de comprar vacina produzida no Brasil, da Fiocruz-Manguinhos, e do Instituto Butantan, produção brasileira. 
A saúde do povo em primeiro lugar. E neste caso a saída da crise econômica que permite recuperar empregos e trabalhar soluções para a calamidade social é a vacina. 
O compromisso do ministro Pazuello que selou entendimento com todos os estados e municípios foi claro, comprar da Fiocruz e Butantan", diz Wellington Dias (PT). 
No vizinho Estado do Maranhão, Flávio Dino (PC do B) também exarcebou sua insatisfação. "Se Bolsonaro desautorizar o amplo acordo feito por Pazuello, ele mais uma vez estará sabotando o sistema de saúde e criando uma guerra federativa. Espero que bons conselheiros consigam debelar esse novo surto de Bolsonaro", sintetizou. 
O líder maranhense ainda citou a possibilidade de recorrer à Justiça para conseguir o acesso à vacina.  
No Sudeste, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB) conclamou o equilíbrio e a racionalidade, verbalizando que questões ideológicas devem ser deixadas de lado. "Temos que apelar ao presidente para que a gente tenha equilíbrio, racionalidade, empatia com quem pode pegar esse vírus. Um apelo mesmo para manter o que falamos ontem. Importante manter a decisão republicana de ontem e deixar de lado questões eleitorais, ideológicas. E torcer para que o que disse Bolsonaro não seja levado ao pé da letra", disse. O governador da Paraíba João Azêvedo afirmou que a decisão de Bolsonaro foi 'impensada'. "Depois de uma reunião com quase todos os governadores do país, com Fiocruz, Butantan, representantes de municípios, o ministro afirma, dando esperança para o país, que vai fazer aquisição da vacina do Butantan, e também a Fiocruz, oferecendo segurança. E então o presidente da República, numa decisão impensada, anuncia que nao vai fazer a compra da vacina chinesa", sinalizou.
Informações Meio Norte 

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