Projeto aprovado na Câmara prevê prisão para quem furar fila da vacina
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira, 11, o
Projeto de Lei 25/2021 que torna crime e pune com reclusão quem violar a ordem
de prioridade estabelecida no Plano Nacional de Imunização. A proposta também
torna qualificado o delito de peculato de apropriação, desvio ou subtração de
bem ou insumo médico, terapêutico, sanitário, vacinal ou de imunização, público
ou particular. A infração pode resultar em pena de reclusão de um a três anos,
e multa. A pena é aumentada de um terço se o agente falsifica atestado,
declaração, certidão ou qualquer documento. Informações Meio Norte
A relatora do Projeto de Lei, a deputada federal Margarete Coelho, (foto abaixo) destacou que “as condutas daqueles que, de alguma forma, burlam ou afrontam a
operacionalização do plano de imunização devem ser duramente repreendidas”.
Desde o início da vacinação, órgãos do judiciário têm recebido e investigado
denúncias sobre favorecimento à pessoas que não estão nos grupos prioritários,
ocorridas em mais de 10 estados. “Com a aprovação do Projeto na Câmara, que
agora segue para avaliação no Senado, espera-se inibir ações dessa natureza e
punir as concretizadas”, complementa Margarete.
Segundo o Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a
Covid-19, o objetivo principal da vacinação passa a ser focado na redução da
morbidade e mortalidade pela Covid-19, uma vez que falta disponibilidade da
vacina no mercado mundial. Assim, grupos de maior risco para agravamento e
óbito, a exemplo dos idosos acima de 60 anos, devem ser priorizados. Também tem
preferência, nesta primeira fase, a força de trabalho que mantém em
funcionamento os serviços médicos, no caso, os profissionais de saúde que estão
na linha de frente do combate à doença.
Até quarta-feira, dia 10, o número de
pessoas vacinadas no Brasil atingiu 4.321.678, sendo 51.067 só no Piauí.
“Estamos todos ansiosos, mas a prioridade existe para ser seguida. O poder
público está empenhado em obter mais vacinas para toda a população e temos que
ter a humanidade de esperar a nossa vez, começando pela proteção dos grupos
mais vulneráveis”, destaca a parlamentar.
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