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quarta-feira, 17 de março de 2021

Policiais prometem “lockdown geral” na segurança na segunda, 22 de março

Durante carreata promovida nesta quarta-feira, 17, pela União dos Policiais do Brasil (UPB) e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ), policiais de mais de 20 entidades prometeram paralisar todos os serviços de segurança pública pelo período de 10 horas, na próxima segunda-feira, 22. Informações Metrópoles 


Os profissionais protestam contra a promulgação, na segunda-feira, 15, da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 186/19, batizada de PEC Emergencial, pelo Congresso Nacional, que congelou os salários da categoria. E demonstraram insatisfação com os acordos que, segundo eles, foram descumpridos pelo governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A aprovação do texto da PEC Emergencial é condição necessária para que o governo pague nova rodada do auxílio emergencial a famílias de baixa renda.

Além da PEC promulgada na segunda-feira, 15, eles levantaram outras insatisfações como, por exemplo, a reforma da Previdência e a futura reforma administra, além da Lei Complementar 173, que também trouxe perdas à categoria, segundo os policiais.

“O lockdown é um segundo passo desse ato de hoje, que foi decido por todas as forças policiais. Vai parar o sistema e a segurança pública, todas as atividades, de 13h até 23h do dia 22 desse mês. É mais uma resposta à aprovação de PECs Emergenciais, que vêm sendo aprovadas a toque de caixa, se aproveitando do momento da pandemia”, disse o presidente do Sindicato dos Policiais Penais do DF, Paulo Rogério. (foto abaixo)


Outras categorias

A paralisação, segundo eles, não inclui policiais militares. Apenas as 20 categorias que compõem a União dos Policiais do Brasil (UPB) e a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária (ADPJ).

Para Jacinto Teles, presidente da Associação dos Policiais Penais do Brasil, foi o próprio governo que impôs esse lockdown na segurança pública, quando aprovou a PEC Emergencial, que segundo ele, “de emergencial não tem nada”, porque “tira e arrocha os salários dos servidores públicos”.

O presidente do Sindicato dos Servidores do Poder Legislativo Federal e Tribunal de Contas da União (Sindilegis), Alison Souza, alertou para o caos que a paralisação pode causar: “Daqui a pouco, servidores de outras áreas podem seguir o mesmo caminho. Imagina o caos que isso pode gerar em setores como a segurança pública, a saúde, a educação? Este é o pior momento para discutir uma proposta como a PEC 32 [Reforma Administrativa], que promove o desmonte do serviço público e trata de maneira injusta servidores essenciais para o desenvolvimento do país”.

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