Um deficiente mental de 40 anos foi morto com tiro na cabeça na tarde dessa quarta-feira, 20, em Avelino Lopes, Sul do Piauí. Informações Portal Corrente.
A Polícia Militar foi acionada para acalmar Edimares Marques Figueiredo, que estaria em crise e agindo de forma agressiva, mas o homem acabou sendo morto na ocorrência.
Segundo os policiais, ao chegarem no local eles foram atacados por Edimares que estava com um facão em punho. O relatório policial informa que foram feitos três disparos com bala de borracha contra ele sem nenhum efeito para acalma-lo.
"Um dos soldados chegou a ter luta corporal com o cidadão, levando um golpe de facão na cabeça que não chegou a perfurar mas que o deixou tonto", diz relatório.
Após dois disparos de arma de fogo contra as pernas do indivíduo, um dos soldados acabou por acertar a cabeça de Edimares com um tiro, que teve óbito imediato.
Chocada, a família lamentou o desfecho da situação. "Estamos perplexos com a ação da PM. Estamos revoltados com essa tragédia", lamenta um dos familiares.
A delegada responsável pela Delegacia de Polícia Civil de Curimatá, Ravena de Sousa Rodrigues, declarou que o caso está sendo investigado.
Nota do Batalhão
O Comandante do 4º GPM/7° Batalhão de Policia Militar de Avelino Lopes, Capitão Pedro Gomes Santos informou que foram tomadas todas as providências necessárias em relação ao caso, tendo sido acionada a perícia no local para que fizesse as primeiras investigações e consequente suporte ao inquérito policial. As partes envolvidas também já teriam sido ouvidas pelas autoridades policiais militares e civis e as investigações estão sendo conduzidas pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Polícia Militar do Estado do Piauí.
Por medida de segurança e por determinação do comando da PMPI, o policial envolvido no caso estará afastado de suas funções até que se conclua o inquérito policial militar.
Nota da OAB
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) divulgou uma nota de repúdio condenando a ação dos policiais militares, que considera desproporcional.
"A Policia Militar, como representante do Estado, não pode tolerar que uma minoria tente agir em desconformidade ao seu regimento e código de disciplina. (..) E hora de uma firme resposta a todos, pois a sociedade clama pelo retorno da tranquilidade e punição exemplar administrativa civil e criminalmente de todos os envolvidos", diz a nota.
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