No dia 08 de março, o Governo do Estado, através da Secretaria de Segurança Pública e da Secretaria de Estado das Mulheres do Piauí (SEMPI), realizou o lançamento do protocolo “Ei Mermã, Não se Cale”, com a finalidade de atender, acolher, orientar e encaminhar mulheres que se encontram em situação de violência.
Reprodução/SSP-PI
Segundo os dados, entre março e dezembro deste ano, a central de atendimento registrou 6744 mensagens instantâneas, que resultaram no atendimento de 4822 mulheres em todo o Estado do Piauí.
Através do número de WhatsApp 0800 000 1673 às mulheres vítimas de violência tem acesso a uma rede de apoio que orienta quais os procedimentos devem ser realizados. O atendimento fica disponível 24 horas.
“O Ei Mermã, Não se Cale é uma importante ferramenta de apoio às mulheres vítimas de violência, através desse canal elas podem realizar denúncias, receber orientações e romper o ciclo da violência doméstica. Queremos que as mulheres vivam em paz e tenham seus direitos garantidos”, pontuou a diretora de proteção à mulher e aos grupos vulneráveis da Polícia Civil, delegada Bruna Fontenele.
Ainda no ano de 2023, o Centro de Operações Policiais Militares (COPOM), através do 190, registrou em todo o Estado do Piauí, 3361 chamadas relacionadas a casos de violência doméstica. Em 2022, foram 2540 casos, totalizando um aumento do número de chamadas de 32,32%.
As chamadas de emergência em Teresina tiveram um aumento de 20,87%, em 2023. Foram registradas 1361 chamadas e 1126 casos em 2022.
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Reprodução/SSP-PI |
Para o coordenador do Departamento Geral de Operações (DGO) da Polícia Militar do Piauí, coronel Jacks Galvão, a população, principalmente as mulheres, têm demonstrado mais confiança nos resultados oferecidos pelas forças de segurança do Estado do Piauí.
“Observamos o aumento da demanda nos comunicados de violência doméstica em 2023, no entanto, podemos destacar que os atendimentos foram bastante eficientes, tanto que nós não tivemos aumento no número de feminicídios se comparado ao ano de 2022”, finalizou o coronel.
A Secretaria de Segurança Pública realizou o primeiro Congresso das Mulheres Policiais do Piauí. O evento voltado para Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Penal, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Guarda Municipal de Teresina e Strans, teve o objetivo de promover a integração e a valorização das mulheres que atuam nas forças de segurança em todo o Estado do Piauí. Durante o congresso foram debatidos temas como empoderamento feminino, desenvolvimento de liderança, saúde mental, autocuidado, entre outros. Durante o evento, vinte mulheres foram homenageadas por seus feitos e contribuições à Segurança Pública do Estado.
Blitz e Prevenção
Com a finalidade de garantir liberdade e segurança durante os principais eventos do estado, os Centros Integrados de Segurança Pública, prestaram atendimento especializado à mulher vítima de violência, através de blitzen e ações educativas. A campanha “Só Se Eu Quiser e Nãoénão”visam sensibilizar, prevenir e informar à população sobre os direitos das mulheres, contra o assédio, a violação dos direitos e a violência de gênero. Durante as festas o público é informado sobre os canais de denúncias e as condutas proibidas por lei.
SSP e Uespi assinam Termo de Cooperação
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí assinou Termo de Cooperação Técnica com a Universidade Estadual do Piauí em apoio ao “Núcleo de Enfrentamento à Violência contra a Mulher”, no Campus Poeta Torquato Neto, bairro Pirajá, em Teresina.
O Termo de Cooperação iniciou um projeto integrado entre as instituições com o objetivo de desenvolver campanhas de prevenção, orientação e encaminhamento de mulheres vítimas de violência. O programa deverá ser expandido para os demais campus da Universidade.
Capacitação
A Secretaria de Segurança Pública do Piauí e a Secretaria de Estado das Mulheres - (SEMPI), realizaram a capacitação para o atendimento, acolhimento e encaminhamento de mulheres em situação de violência, voltada para bares, restaurantes, casas de show e estabelecimentos similares.
No primeiro momento, ocorreu a qualificação dos diferentes tipos de violência que as mulheres podem sofrer e a legislação. Em seguida, ocorreram estudos de casos e a instrução para a melhor forma de acolhimento e abordagem.
Os estabelecimentos que participaram da capacitação receberam o selo "Aqui Tem Mulher Segura!", garantindo proteção às mulheres que estão nesses locais ou eventos.
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