A Polícia Federal do Piauí deflagrou, nesta terça-feira, 27, a Operação Flashback, contra suspeitos de desvio de recursos públicos federais oriundos do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), destinados à compra de alimentos e fornecimento de merenda escolar por municípios do Piauí. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão em Teresina, além do sequestro de bens e valores dos investigados em cerca de R$ 20 milhões.
A operação mobilizou mais de 50 policiais federais, com o apoio de auditores da Controladoria Geral da União (CGU), para o cumprimento de 12 mandados de busca e apreensão e decisão de sequestro de bens e valores em endereços vinculados aos investigados. Os alvos foram residências e empresas vencedoras das licitações, localizadas em Teresina. As ordens judiciais foram expedidas pela 1ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Piauí.
PF cumpre mandados no Piauí contra suspeitos de desvio de recursos da merenda escolar — Foto: Divulgação/PFPI |
A investigação teve início a partir de informações recebidas pela Polícia Federal que indicavam a continuidade de esquema criminoso, envolvendo o fornecimento de merenda escolar para o poder público.
Conforme a PF, o esquema era "operado por grupo de pessoas e empresas, algumas delas já investigadas recentemente, que foram alvos de operação policial, agora se valendo da constituição de nova pessoa jurídica para atuação nas contratações públicas".
"Durante o processo investigativo, foi identificado como modus operandi a prática fraudulenta de constituição sucessiva de novas empresas como forma de driblar as autoridades e superar sanções judiciais e administrativas impostas pela atuação irregular, principalmente, quando do impedimento e proibição de contratação com o poder público, com o intuito de perpetuar o esquema criminoso", explicou a polícia em nota.
As auditorias e investigações constataram superfaturamento por sobrepreço nas licitações, além de direcionamento das contratações, atuação em conluio entre as empresas, indicativos de utilização de notas fiscais falsas e outras irregularidades graves. Diante das provas, a Justiça determinou o sequestro de bens e valores dos investigados no montante de aproximadamente R$ 20 milhões.
O objetivo da ação de hoje, conforme a PF, é interromper a prática criminosa, coletar provas para reforçar a tese investigativa e identificar outros servidores públicos ou particulares envolvidos no esquema, além de recuperar bens e ativos adquiridos com os recursos desviados do PNAE.
Os investigados poderão responder pela prática de crimes licitatórios, crimes contra a administração pública, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Informações G1 Piauí
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