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quarta-feira, 4 de setembro de 2024

Salva de tiros, discursos e emoção marcam enterro de policial civil assassinado

O enterro do policial civil Marcelo Soares da Costa, 42 anos, aconteceu na manhã desta quarta-feira, 4, depois de ser velado durante toda a noite. Discursos, salva de tiros e muita emoção marcaram a despedida do agente da Polícia Civil que morreu nesta terça-feira, 3, vítima de um tiro durante uma operação.

Discursos, salva de tiros e muita emoção marcaram a despedida do agente da Polícia Civil/Reprodução Renato Andrade 

Discursos, salva de tiros e muita emoção marcaram a despedida do agente da Polícia Civil/Reprodução Renato Andrade

Discursos, salva de tiros e muita emoção marcaram a despedida do agente da Polícia Civil/Reprodução Renato Andrade

A família e os amigos do agente de segurança estavam inconsoláveis. A esposa dele discursou durante a homenagem realizada no cemitério. Os pais e irmãos de Marcelo Soares estavam muito abalados e não discursaram durante a homenagem. Seu pai ficou ao lado do caixão, segurando a mão do filho falaram durante as homenagens. 

"A nossa vida se baseava na nossa família e na nossa oração. Sei meu amor que você agora é a nossa estrelinha. Te amo desde a época de escola, você é o meu primeiro amor, o meu coração está sangrando com a sua partida. Todos os dias eu era acordada com um  'eu te amo'. Porque [o tiro] não foi na mão, no pé, no colete. Esse monstro acabou com a nossa família. Quer dizer que só vai os bons? Me diz se vale a pena ser bom?", disse aos prantos. 

A esposa se referia a Marcelo Soares como "meu príncipe " e "meu 17", uma referência a numeração recebida por ele na Polícia Civil. 

"Todos os dias eu era acordada com um 'eu te amo'. Porque [o tiro] não foi na mão, no pé, no colete. Esse monstro acabou com a nossa família. Quer dizer que só vai os bons? Me diz se vale a pena ser bom?", lamentou.

Após a missa, o caixão de Marcelo foi acompanhado pelos colegas das forças de segurança, até a sombra de um cajueiro, onde foram realizadas homenagens pelos colegas da corporação.

Policiais de diversas forças de segurança do Piauí homenagearam o policial.  Uma missa de corpo presente foi celebrada na capela do Cemitério Jardim da Ressurreição, onde o policial foi enterrado.

Marcelo foi descrito pelos amigos e familiares como um homem religioso. A esposa revelou que era hábito da família se reunir, diariamente, para ler a Bíblia e orar. Os policiais que viajaram com ele ao Maranhão disseram que ele queria tirar uma foto na estátua de Santa Luzia antes de deixar a cidade, mas esse foi um dos muitos planos do policial interrompido.

"Vou guardar nossas últimas conversas a caminho de Santa Luzia do Paruá. Vou lembrar sempre de quando você disse que nós temos que viver tudo que estiver a nosso dispor, porque não sabemos se amanhã estaremos vivos", disse. 

As homenagens finais foram realizadas pela Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE). Os integrantes do CORE realizaram uma oração e logo em seguida o caixão foi levado para uma área aberta onde foi realizada a última homenagem, uma salva de tiros antes do sepultamento. Informações Cidadeverde.com


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