A Polícia Federal no Pará deflagrou uma nova fase da Operação Passe Livre, na manhã desta quarta-feira, 16, para desarticular um esquema criminoso que fraudou vestibulares para ingresso em cursos de medicina de faculdades particulares.
Operação Passe Livre desarticular esquema criminoso que fraudou vestibulares para ingresso em cursos de medicina de faculdades particulares/Reprodução
Um mandado de busca e apreensão foi cumprido em Parnaíba, no Piauí. Os policiais também estiveram em campo no Pará, em São Paulo e no Tocantins.
Segundo a polícia, o grupo resolvia as provas para os candidatos pelo valor de R$ 2 mil. Os criminosos burlavam o sistema de segurança das provas de vestibulares online de várias faculdades de medicina, permitindo, por exemplo, que terceiros tivessem acesso às questões das provas.
Em outros casos, um dos investigados realizava as provas no lugar dos beneficiários da fraude. Foram identificadas situações em que o grupo chegou a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando-se de vários associados para resolver as questões da prova.
Comprovantes de transferências bancárias confirmaram pagamentos relativos à compra da resolução das questões das provas. Os valores pagos pela realização das fraudes eram divididos entre os responsáveis por resolver ilicitamente as questões das provas.
Foram identificados, até agora, 63 investigados e provas fraudadas em quatro estados do país. A Polícia Federal já confirmou a associação de mais de 30 pessoas para realizar as provas no lugar de terceiros ou fornecer as respostas para inserção nos sistemas.
Os envolvidos poderão responder por estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao longo da investigação.
Operação Passe Livre
O nome "Passe Livre" faz alusão à facilidade para a concretização da fraude. A investigação é desdobramento das fases anteriores da Operação Passe Livre (deflagrada em fevereiro) que desvendou fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023. Informações da PF
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