Em entrevista a emissora local, nesta quinta-feira, 10, o prefeito de Parnaíba, Francisco Emanuel (Progressistas), se manifestou sobre o rompimento com a família Mão Santa. Ele falou ainda sobre o "decretão" que exonerou todos os servidores, ocupantes de cargos comissionados, incluindo secretários municipais, superintendentes e diretores de órgãos públicos da Prefeitura de Parnaíba.
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Francisco Emanuel, prefeito de Parnaíba/Reprodução |
Entre os exonerados estão o ex-prefeito Mão Santa, que ocupava o cargo de secretário imediato do chefe do Executivo, e Adalgisa Moraes, ex-primeira-dama do município, que era secretária de Assistência Social.
A deputada Gracinha Mão Santa chegou a chamar Francisco Emanuel, antes conhecido como “Novo Francisco”, de “Novo Judas”.
Durante a entrevista o prefeito alegou que a reforma administrativa tem como objetivo reorganizar o quadro de funcionários da gestão, buscando produtividade e economia financeira. “O objetivo do decreto é esse. Colocar as pessoas que tenham interesse de trabalhar e estão trabalhando e eliminar aquelas que não têm produção, por indicação inclusive da deputada”, disse Francisco Emanuel.
O gestor apontou que o rompimento político com o grupo que o apoiou na eleição de 2024 foi causado pelas interferências da deputada estadual Gracinha Mão Santa (Progressistas), filha do ex-prefeito Mão Santa (Progressistas). Ele afirmou que não se elegeu para cumprir ordens, mas sim trabalhar em conjunto com o grupo, mas disse que a deputada "passou os limites"
“Deixo bem claro que o prefeito Mão Santa sempre me respeitou. Não tenho nenhum problema com ele nem com dona Adalgisa, são duas pessoas que sempre me respeitaram. Não tenho nada a dizer sobre eles, mas, infelizmente, a deputada Gracinha Mão Santa chegou a passar dos limites.”
Francisco Emanuel relatou que, desde o início de sua gestão, havia uma incompatibilidade de interesses com a deputada, mas que decidiu esperar cerca de 40 dias antes de se posicionar. Ele também denunciou que estava sendo ignorado nas mídias sociais oficiais da gestão municipal, o que teria sido feito sob ordens de terceiros.
“A partir do momento que a própria gestão, a qual eu sou o prefeito, começa a me ocultar, e as pessoas me afirmam que é a mandado de alguém, então tem alguma coisa errada. Quando eu pego algumas situações que não condizem com a minha realidade, que podem me prejudicar, eu não posso ser conivente com isso. Eu estaria sendo irresponsável com o dinheiro público e com aquelas pessoas que confiaram em mim.” Informações Piauí Hoje