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segunda-feira, 19 de maio de 2025

“Barbie do PCC” e 10 comparsas viram réus por comandar rede de drogas no Piauí

O Tribunal de Justiça do Piauí colocou no banco dos réus Susan Marielly do Rego Modesto, conhecida como “Barbie do PCC”, e outras dez pessoas acusadas de movimentar uma rede de tráfico de drogas em Teresina. A decisão é do juiz Leonardo Lucio Freire Trigueiro, que acatou a denúncia do Ministério Público, apontando vínculos diretos do grupo com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Susan Marielly do Rego Modesto, a “Barbie do PCC”/Reprodução 

A denúncia, oferecida pela promotora Ana Cecília Rosário Ribeiro, se baseia em uma investigação conduzida pelo DENARC. O material colhido indica que os envolvidos operavam como uma célula estruturada do tráfico, com funções bem distribuídas entre armazenar, distribuir, vender e até cuidar do “atendimento” via WhatsApp.

Foi justamente por esse aplicativo que parte do esquema veio à tona. O celular de Susan, apreendido na operação, revelou trocas de mensagens com imagens de drogas, armas e diálogos que apontam a atuação do grupo e a ligação direta com a facção paulista. O aparelho também era usado pelo companheiro de Susan, Vitor Manoel Ribeiro da Silva, para intermediar as vendas quando necessário.

Além de Susan e Vitor, foram denunciados Filipe dos Santos Rêgo, Francisco Bruno Silva Lima, Francisco César de Sousa Brasil, Gabriel Xavier Sousa dos Santos, João Victor de Castro Silva, Kelvim Alessandro de Andrade Costa, Niedson Meyzon Moreira Soares Barbosa, Pedro Victor Guimarães Oliveira da Silva e Vhyrna Maria Oliveira dos Santos.

A operação policial que desencadeou o caso aconteceu em junho de 2024, nos bairros Mocambinho e Vila São José, zona norte da capital. Na casa de Vhyrna, os agentes encontraram drogas, balança de precisão, maquineta de cartão, munição e até uma motocicleta usada pelo grupo. Niedson também estava no local e foi preso. Já Gabriel, namorado de Vhyrna, conseguiu fugir.

O MP afirma que a quadrilha agia de forma coordenada e com clara ligação ao PCC, mantendo uma rede de distribuição que abastecia diferentes áreas de Teresina. Agora, todos respondem judicialmente por tráfico e associação criminosa.

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