Nove dos dez deputados piauienses
votaram a favor da cassação do deputado Eduardo Cunha, na noite de ontem (12),
na Câmara dos Deputados, em Brasília. A única exceção foi a deputada federal
Iracema Portela (PP), que não compareceu à sessão. O ex-presidente da casa
perdeu seu mandato em votação esmagadora de 450 votos favoráveis contra apenas
10 votos contrários, e 9 abstenções.
Assis Carvalho (PT), Átila Lira
(PSB), Heráclito Fortes (PSB), Paes Landim (PTB), Rodrigo Martins (PSB),
Marcelo Castro (PMDB), Júlio César (PSD), Mainha (PP) e Silas Freire (PR) participaram da sessão, e todos votaram a
favor da cassação de Eduardo Cunha. A deputada Iracema Portela havia confirmado
que compareceria à sessão, mas não apareceu e não teve seu voto computado.
O deputado foi acusado de mentir
durante a CPI da Petrobrás, ao negar ser titular de contas bancárias no
exterior, e julgado pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Cunha negou
as acusações, e disse ser vítima de vingança por ter iniciado o processo de
impeachment de Dilma Rousseff. Com a decisão, Eduardo Cunha, atualmente com 57
anos, fica inelegível por oito anos a partir do fim do mandato. Com isso, está
proibido de disputar eleições até 2026. Assim, ele terá 67 anos quando puder se
candidatar de novo.
Eduardo Cunha perderá também o chamado
"foro privilegiado", isto é, o direito de ser processado e julgado
somente no Supremo Tribunal Federal (STF). Com isso, os inquéritos e ações a
que responde na Operação Lava Jato deverão ser enviados para a primeira
instância da Justiça Federal.
A
assessoria de Iracema Portela informou que a deputada não compareceu à sessão
que cassou Eduardo Cunha por motivo de saúde. Iracema está internada no Hospital
Santa Lúcia, em Brasília, acometida por uma infecção urinária
Edição: ParnaibapontoCom
Fonte: André Nascimento / portal o dia
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