O Sindicato dos Bancários do Piauí decidiu em Assembleia
Geral na noite da última sexta-feira (02) aderir a paralisação nacional da
categoria em todo o País. A greve está prevista para começar amanhã(6), de
acordo com o sindicato piauiense a negociação começou no início de agosto.
“Começamos a negociar no começo de agosto deste ano e
finalmente veio proposta que está muito aquém, uma proposta muito rebaixada.
Fizemos assembleias nos sindicatos do país. Estamos pedindo 5% de aumento real,
mais segurança nas agências bancárias, mais contratação de empregados, pois
temos 10 mil trabalhadores a menos de acordo com a situação do país e o setor
financeiro não está em crise. Estramos pedindo o fim do assédio. Temos muitos
trabalhadores que estrão adoecendo por causa de assédio”, destacou Arimateia.
“A proposta não atende nem a metade do que a gente pede numa
expectativa criada com bancos lucrativos. É fundamental que a categoria se
mantenha firme e unida, é preciso que saiba que os nossos inimigos estão do
lado de lá da mesa e marchemos unidos nessa greve nacional”.
Francisca de Assis, diretora do Sindicato dos Bancários do
Piauí, ressaltou que além da negociação salarial, este ano existe ingredientes
preocupantes para a categoria.
“A preocupação do governo é transformar os bancos públicos
em bancos menores para favorecer o setor privado no ganho da lucratividade e
rentabilidade do sistema financeiro”, disse Francisca de Assis.
Ela destacou também perdas trabalhistas que tramitam no
Congresso Nacional.
“Existem projeto que libera a terceirização para qualquer
função, projeto que retira a liberdade dos servidores, o congelamento de
benefícios, além do projeto que abre o capital das empresas públicas para
iniciativa privada e o governo cumpre agenda de atender os investidores”, disse
De Assis.
Os eixos centrais da Campanha Nacional 2016 são: reposição
da inflação do período mais 5% de aumento real; valorização do piso salarial,
no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho); PLR de
três salários mais R$ 8.317,90; combate às metas abusivas, ao assédio moral e
sexual; fim da terceirização; mais segurança; melhores condições de trabalho. A
defesa do emprego também é prioridade, assim como a proteção das empresas
públicas e dos direitos da classe trabalhadora.
Entre as cidades e os estados que tiveram assembleias em que
os bancários confirmaram a greve estão Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito
Santo, Tocantis, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Sergipe, Cuiabá,
Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, e cidades dos estados de São
Paulo e Rio de Janeiro, como as duas capitais, Campinas (SP), Bauru (RJ), Angra
dos Reis (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ).
ParnaibapontoCom
com informações de Rayldo Pereira