Delegados de Polícia Civil do Piauí fizeram protesto na
manhã desta sexta-feira (18), em frente a sede da Secretaria de Estado de
Segurança Pública, em Teresina. Eles relataram que faltam insumos básicos nas
delegacias e entregaram os cartões corporativos, necessários ao custeio da
manutenção das despesas eventuais das delegacias. Estes estariam em atraso há,
pelo menos, 10 meses. A categoria cobra ainda o pagamento de horas-extras e a
convocação de mais delegados aprovados no último concurso público.
Segundo o Sindicato dos Delegados de Polícia Civil do Estado
do Piauí (Sindepol), rotineiramente os cartões corporativos, usados para as
despesas extraordinárias, sofrem atraso de repasses. O valor dos cartões corporativos
variam entre R$ 1 mil e R$ 1500 para os distritos policiais. Para as delegacias
regionais, o valor a ser recebido seria de R$ 5 mil.
Em casos de urgência, os delegados chegaram a usar o limite
dos cartões para comprar material de uso contínuo e básico, como papel,
material de higiene e toner para impressoras. Isto porque o governo do estado
não teria realizado processo licitatório para compra de material imprescindível
ao trabalho dos delegados.
Por outras vezes, eles afirmam ter usado do próprio dinheiro
para adquirir os insumos básicos para as undiades. “Os delegados têm contas
enormes. Temos que tirar do próprio bolso para comprar materiais básicos, como
de higiene, papel, toner de impressoras, dentre outros. É um desrespeito com a
população que deixa de receber um serviço de qualidade por conta da falta de
coisas que são básicas”, afirmou a presidente do Sindepol.
Através da assessoria de imprensa, o órgão informou que só
irá se manifestar nesta sexta-feira, após a conclusão da agenda de compromissos
do secretário Fábio Abreu, quando então iria ter conhecimento das pautas da
categoria.
Diárias e convocação de concursados
A categoria cobra ainda o pagamento antecipado de diárias
para deslocamentos, conforme liminar deferida pelo Tribunal de Justiça. O
sindicato aponta que estes pagamentos estão em atraso há quase um ano sem
receber.
O Sindepol reinvidica ainda a implantação de escala de
serviços, relacionando os respectivos dias e horários para cumprimento da carga
horária, bem como o máximo de horas em sobreavisos.
“Não temos um número capaz de atender a demanda do estado e
a secretaria de segurança não nomeia os
aprovados no último concurso. Os delegados estão sobrecarregados e muitas vezes
precisam atender até 10 cidades no interior. É preciso ter investimentos por
parte do governo do Piauí”, reivindicou Andrea Magalhães.
No estado do Piauí são cerca de 150 delegados atuando em 224
municípios.
Os delegados alegam que tem que tirar do próprio bolso para comprar materiais básicos, como de higiene, papel, toner de impressoras, dentre outros
PpC com informações G1PI
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