Editado por ParnaibapontoCom |
Uma tentativa de fuga, que poderia dar liberdade a mais de
40 presos, foi abortada durante a tarde de domingo, na penitenciária Irmão
Guido, em Teresina. Os presos conseguiram abrir um buraco acima da porta de
entrada do pavilhão A da unidade.
Além do túnel, os agentes penitenciários encontraram uma
corda improvisada, feita com vários pedaços de pano, conhecida popularmente
como “teresa”. A corda tinha ainda um gancho de metal, e seria usada para
escalar o muro da penitenciária.
Segundo o presidente do Sindicatos dos Agentes
Penitenciários (Sinpoljuspi), José Roberto Pereira, os presos passaram por um
espaço vazio que há acima do teto do corredor que dá acesso aos pavilhões.
Dentro do pavilhão A há mais de 40 presos.
O flagrante foi feito durante a tarde de ontem, quando os
presos já estavam praticamente conseguindo acessar a parte externa, entre os
pavilhões e o muro.
Policiais militares que trabalham na segurança deste muro
avistaram os presos e atiraram para ameaça-los. Agentes penitenciários também
foram até o local e ajudaram a conter a fuga. Os presos retornaram pelo buraco
e voltaram para as celas.
“O detalhe é que nesse momento a munição dos Policiais
militares e dos agentes haviam acabado”, conta o presidente do Sinpoljuspi,
José Roberto. “Os presos retornaram às celas na base da pressão dos agentes e
PM, que eram seis pessoas, contra 40”.
O número reduzido de agentes penitenciários, segundo José
Roberto, se dá por conta do afastamento de sete agentes penitenciários, feito
pela Secretaria de Justiça , no intuito de investigar a fuga em massa de 26
presos da unidade, no último mês.
“A secretaria afastou esses agentes sem que houvesse um real
motivo, nada que indicasse a participação desses agentes na fuga. E se esses 40
presos tivessem conseguido fugir? A SEJUS iria afastar esses três?”, indaga o
presidente do sindicato. Segundo José Roberto, a decisão da secretaria indignou
não só agentes penitenciários do Piauí, mas de todo o Brasil, e motivou uma
nota de repúdio da Fenaspen (Federação Nacional dos Agentes Penitenicários),
criticando a decisão. O dia
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Buraco feito pelos presos, acima da gaiola que protege a
porta do Pavilhão A (Foto: Sinpoljuspi)
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Corda com gancho que seria usada pelos fugitivos para
escalar o muro do presídio (Foto: Sinpoljuspi)
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