Edição Parnaíbapontocom
O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi) revela que um detento do sistema prisional do Estado morreu no Hospital Penitenciário Valter Alencar vítima de tuberculose. Francisco Luciano dos Santos Nunes faleceu no último dia 27 de dezembro.
O Sinpoljuspi afirma que um surto da doença atinge algumas unidades prisionais do Piauí. A Secretaria Estadual de Justiça (Sejus) confirmou ao Cidadeverde.com que só no mês de dezembro do ano passado dez detentos foram diagnosticados com tuberculose e passam por tratamento de saúde.
Segundo a Sejus, os casos foram diagnosticados em detentos da Casa de Custódia [2], Penitenciária Irmão Guido [4], ambas em Teresina, Unidade de Apoio Prisional [3], em Altos, e na Penitenciária Gonçalo de Castro Lima [1], localizada na cidade de Floriano.
O Sinpoljuspi contrapõe a Sejus e afirma que mais casos da doença foram registrados na Cadeia Pública de Altos, na Colônia Agrícola Major César Oliveira e na Penitenciária Dom Inocêncio Lopez Santamaria, em São Raimundo Nonato.
“A Casa de Custódia é o principal local onde essa doença está sendo disseminada pelos detentos. Soubemos que, além do Francisco Luciano, um outro detento morreu em um hospital da capital vítima de tuberculose. Estamos fazendo um alerta para que todos que frequentam as prisões se atenham aos cuidados necessários porque nem álcool em gel tem na entrada dos pavilhões. Está todo mundo vulnerável a essa doença. ”, critica o presidente do Sinpoljuspi, Kleiton Holanda.
A coordenação de Saúde da Secretaria de Justiça do Piauí (Sejus) informa que reforçou as orientações de segurança em saúde às direções dos presídios para evitar a disseminação e propagação da doença.
A Sejus informou, ainda, que todos os detentos foram conduzidos à rede municipal de saúde para darem início ao tratamento. “No momento, em todo o sistema prisional (em um universo de aproximadamente 4,4 mil presos) foram diagnosticados 10 casos, todos em tratamento”, afirma a Secretaria Estadual de Justiça.
A coordenação também ressalta que existem dois projetos com foco em tuberculose em presídios em andamento. Um do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) para a implantação de laboratórios de diagnóstico da tuberculose dentro dos presídios, o que vai facilitar o diagnóstico dos casos suspeitos e, consequentemente, o tratamento de casos ainda no início da doença, facilitando a cura. A outra ação é do Ministério da Saúde, voltado para a educação em saúde exclusivamente para a tuberculose.
Nesta sexta-feira, 4, haverá uma reunião da Sejus com equipes da Secretaria Estadual de Saúde sobre o surto.
A tuberculose é uma infecciosa e transmissível e afeta prioritariamente os pulmões. O Ministério da Saúde alerta que a tuberculose é uma doença de transmissão aérea “Ao falar, espirrar e, principalmente, ao tossir, as pessoas com tuberculose ativa lançam no ar partículas em forma de aerossóis que contêm bacilos”, esclarece.
A tuberculose tem cura e o tratamento dura, no mínimo, seis meses. As informações são do Cidadeverde.com