Em entrevista coletiva na noite desta terça, 28, o ministro da Saúde Nelson Teich reconheceu que o recorde de 474 mortes registradas em um dia e o fato que o Brasil ultrapassou a China no número de óbitos é um “agravamento da situação” do coronavírus no Brasil. Segundo o ministro, é preciso abordar o aumento como um crescimento da curva.
“O Brasil precisa ser tratado de forma diferente de acordo com cada região. Vemos [o aumento dos óbitos] como uma tendência em cidades e estados onde temos uma pior condição quanto à doença. É uma piora em relação aos dias anteriores”, disse Teich.
O ministro disse que a pasta trabalha para dar suporte aos estados e municípios ofertando aporte financeiro, respiradores e equipamentos de proteção individual, além de estar tentando contratar profissionais de saúde para reforçar o atendimento nos lugares onde a epidemia de Covid-19 está pior.
Segundo Eduardo Pazuello, secretário-executivo da pasta, serão distribuídos 185 respiradores para os estados e municípios mais afetados — a distribuição deixará de ser linear, como era feita na gestão Mandetta, e passará a usar critério de necessidade.
Teich não detalhou se o ministério mudará alguma abordagem frente aos novos números e ao agravamento da epidemia.
O secretário de vigilância em saúde Wanderson de Oliveira explica que os estados que mais chamam a atenção do governo são Amazonas, Rio de Janeiro, Pernambuco, São Paulo e Ceará. “Estamos atentos à circulação em todo território nacional. Reiteramos: o Brasil tem uma sazonalidade de doença respiratória que pega outono e inverno. É natural que tenhamos um aumento do número de casos e internações por causas respiratórias, e a Covid agrava esse quadro. É importante que todos reforcem as medidas de proteção”, afirma. Da Redação com informações do Metrópoles