A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) aprovou a produção e comercialização de máscaras para profissionais de saúde feitas em impressoras 3D, que custam uma média R$ 3 mil no mercado. O material foi criado pela startup de Parnaíba (345 km de Teresina), Tron Ensino de Robótica Educativa.
De acordo com o professor da Universidade Federal Delta do Parnaíba e presidente da startup, Gildário Dias Lima, a Tron Ensino de Robótica Educativa desenvolveu um ventilador mecânico que custa R$ 6 mil, enquanto os que existem no mercado custam R$ 50 mil.
Apoio à pesquisa de respiradores de baixo custo
O governador Wellington Dias participou, neste sábado (25), de videoconferência com o diretor da startup Tron Ensino de Robótica Educativa, Gildário Lima. Na oportunidade, foi apresentado mais detalhadamente o Air Tron, um respirador de baixo custo que foi desenvolvido por piauienses e que chegou à fase de aprovação. Participaram também da videoconferência, o prefeito de Teresina, Firmino Filho; e o presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), Jonas Moura.
De acordo com Gildário Lima, o protótipo foi desenvolvido com supervisão de médicos, fisioterapeutas, infectologistas e engenheiros elétricos. “A ventilação assistida trabalha de maneira fácil e, tendo em vista a carência de pessoas especializadas na área, é possível utilizar a telemedicina. À distância, o profissional pode acompanhar, e isso ainda é possível ajudar a prever erros, sendo que qualquer manuseio incorreto será informado à uma central de monitoramento”, explicou o pesquisador.
Estima-se que uma das principais diferenças entre o Air Tron e os demais respiradores disponíveis no mercado seja o preço. Enquanto um respirador industrial custa em média R$ 50 mil, esse custará em média R$ 6 mil, podendo haver ainda alguma alteração no preço.
Ainda haverá novos testes com maior robustez dos cinco protótipos já desenvolvidos e então o produto deve ser enviado para chancela da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
O governador Wellington Dias, além de parabenizar a criatividade, responsabilidade e a sensibilidade da equipe que se debruçou para desenvolvimento do aparelho, disse que vai apoiar com equipe de técnicos todo o processo de avaliação da Anvisa e que espera que os aparelhos possam estar em uso o mais breve possível.
“Estamos em uma “situação de guerra” e temos a ciência como uma grande aliada. O que esses piauienses fizeram vai poder salvar milhares de vidas e com um preço muito acessível. Nesse momento de crise, estamos sendo extorquidos pelo mercado. Com o preço do dólar nas alturas e sendo a maioria dos produtos importados, sem contar que ainda há uma burocracia muito grande para a chegada desses produtos. Sendo fabricado aqui no Piauí, facilita, inclusive, a manutenção. Com a grande demanda no mercado, as empresas existentes já estão falhando com os prazos”, enfatizou Wellington.
Na oportunidade, o presidente da APPM disse que, com este valor, os próprios municípios também podem realizar a compra de aparelhos para ajudar no enfrentamento do Coronavírus e também a aparelhar a saúde para as demais doenças. Da Redação com informações do Meio Norte