O Comitê de Operações Emergenciais (COE) se reúne nesta segunda-feira, 28, para discutir a situação da pandemia da Covid-19 em Teresina. Desde a semana passada, não há mais vagas na maioria dos hospitais privados para o tratamento de pacientes com a doença neste domingo, 27, o Hospital São Marcos fez uma carta com apelo para que as autoridades públicas tomem providência para conter o avanço do vírus. Informações Cidadeverde.com
O médico Gilberto Albuquerque, que assume a Fundação Municipal de Saúde em janeiro, explica que se houver um aumento significativo de casos, a dificuldade por leitos será maior se comparada a meses anteriores.
"Chama atenção, o número de leitos da rede privada. Em maio, junho e julho, o primeiro setor que chegou a exaurir foi a rede privada. Logo depois foi que ocupamos totalmente a rede pública. Tá parecido com o início do ano. Daí já chama atenção para que a gente possa ter mais cuidado, ter um trabalho mais intenso junto à população pra tentar reduzir esse risco de transmissão e complicação. Apesar de termos mais equipamentos, muita estrutura física adequada, as outras doenças continuam e estão em plena expansão e necessidade de tratamento", alerta Albuquerque, membro do COE.
Ele explica que já manteve contato com o superintendente do HU-UFPI, Paulo Márcio Nunes, e que as tendas montadas no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), no Hospital de Campanha Padre Pedro Balzi e no Hospital do Monte Castelo continuam em funcionamento.
"O município tem uma estrutura robusta para atendimento covid. Nós precisamos é adequar outras unidades a outras doenças que ficaram desassistidas. Temos 20 unidades exclusivas para covid. O que devemos avaliar é a necessidade das 20, número maior ou menor, pois as outras doenças estão sendo negligenciadas porque o espaço está sendo ocupado por pacientes covid", pontua Gilberto Albuquerque que também é diretor geral do Hospital Getúlio Vargas (HGV).