O policial militar Paulo
Anselmo da Costa, 55 anos, foi condenado a 21 anos de prisão pelos crimes de
homicídio qualificado e tentativa de homicídio qualificado, ambos por motivo
fútil. O julgamento do réu ocorreu na quinta-feira, 11, na Comarca de Teresina
(PI). O crime oconteceu dentro de um bar, na zona Sudeste de Teresina, no dia
15 de novembro de 2016. Uma pessoa foi morta e outra ficou ferida. Informações Cidadeverde.com
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Imagem ilustrativa/Web |
O Ministério Público do Estado
do Piauí, representado pelo Promotor de Justiça Dr. João Malato Neto, teve a
sua tese ministerial acolhida em parte pelo Conselho de Sentença e conseguiu a
condenação do réu.
Na madrugada do dia 15 de
novembro de 2016, por volta de 00h30, nas dependências de um bar, situado no
Loteamento Manoel Evangelista, bairro Novo Horizonte, o acusado participou do
assassinato da vítima Francisco José Vieira e da tentativa de assassinato da
vítima Ildenilde Gomes da Cruz.
Paulo Anselmo da Costa, 2°
Tenente da Polícia Militar do Estado do Piauí, foi condenado a “uma pena de 21
anos, 09 meses e dez dias de reclusão, em regime fechado”.
Sentença
O promotor explica que o
condenado “Paulo Anselmo da Costa foi levado a julgamento pela prática dos
crimes de Homicídio qualificado pelo motivo fútil e utilizando-se do recurso
que impossibilitou a defesa da vítima Francisco José Vieira (artigo 121, §2º,
II e IV, do Código Penal)”.
O policial também foi condenado
pela “tentativa de homicídio qualificado pelo motivo fútil e utilizando-se do
recurso que impossibilitou a defesa da vítima Ildenilde Gomes da Cruz (artigos
121, §2º, II e IV c.c 14, II, todos do Código Penal)”.
Consta dos autos, que o
condenado Paulo Anselmo da Costa, "munido pela futilidade em virtude de
ter se sentido excluído no local onde realizava-se um evento festivo, ficou
encolerizado (zangado) e, em seguida, efetuou disparos".
A arma usada no crime foi uma
pistola calibre ‘.40’. Dos disparos, quatro acertaram a primeira vítima
Francisco José Vieira, que morreu. Um dos disparos atingiu a segunda vítima,
Ildenilde Gomes da Cruz, que sofreu lesões corporais de natureza leve.
Pronúncia
Na denúncia recebida pela juíza
de Direito, Maria Zilmar Coutinho Leal, consta que, no dia do crime, 15 de
novembro de 2016, Paulo Anselmo da Costa chegou ao bar e identificou-se como
policial militar e professor à proprietária do local, agindo de maneira cordial
e educada. Em determinado momento, o
acusado passou a ficar agitado e passou a tentar mudar de mesa, tentando sentar
em mesas já ocupadas por outras pessoas.
A vítima Francisco José Vieira
também estava no bar. O acusado sentou na mesa em que Francisco estava. “Nesse
instante, o acusado passou a exibir sua arma (pistola tauros .40), colocando-a
sobre a mesa, no sentindo de intimidar a vítima. No entanto, descrito como
destemido, Francisco permaneceu sentado à mesa, mesmo após ter sido convidado
por amigos a mudar de mesa”.
“Passado alguns instantes, de
maneira repentina, o acusado sacou a pistola que portava e iniciou uma
sequencia de disparos dentro do bar, estes direcionados a Francisco Jose
Vieira, chegando a disparar por cerca de oito vezes, atingindo este quatro
vezes (...). Durante a execução do delito, o acusado atingiu a perna de uma
segunda vítima, a senhora Ildenilde Gomes da Cruz”
“Após atentar contra a vida das
vítimas, o acusado evadiu-se do local do crime, levando consigo a arma”.
"O acusado, por sua vez, no seu interrogatório, declarou que não
sabe dizer se a denúncia oferecida contra ele é verdadeira ou falsa, e que nada
se lembra daquele dia, nem a arma que portava, onde esteve ou ainda se ingeriu
bebida alcóolica”, diz trecho da sentença.