Francisco Olavo Silva
Vasconcelos foi condenado no Tribunal Popular do Júri, em sessão que aconteceu
na quinta-feira,14, a 32 anos de prisão por feminicídio (morte de mulher em
contexto de violência doméstica). O crime teve qualificadoras de motivo fútil,
emprego de meio cruel (asfixia) e com recurso que impossibilitou a defesa da
vítima, além de ocultação de cadáver. Informações G1 Piauí
O crime aconteceu em
junho de 2019 e ele foi acusado, pelo Ministério Público, de ter assassinado a
esposa, Sandreia dos Santos Lima, 36, no dia 7 de junho de 2019. Ainda
conforme a denúncia, ele depois enterrou o corpo dela no quintal da casa onde o
casal morava no município de Ilha Grande, a 326 km de Teresina, no Litoral do
Piauí.
O corpo da vítima foi
descoberto por familiares no dia 10 de junho daquele ano, três dias depois do
desaparecimento dela. O acusado foi preso no mesmo dia ao se apresentar na
Delegacia da Mulher de Parnaíba.
Crime considerado
premeditado
De acordo com a
denúncia do Ministério Público, feita com base no inquérito da Polícia Civil,
Francisco Vasconcelos premeditou o crime porque disse à mãe da vítima que a
filha dela tinha ido embora e não queria que ninguém soubesse onde estava.
"Na madrugada do
dia 7, por volta da meia noite, após uma discussão sobre uma suposta traição, o
acusado asfixiou a vítima com as mãos até o seu óbito”, afirmou a denúncia,
citada pelo juiz Georges Cobiniano Sousa de Melo, da 1ª Vara Criminal da
Comarca de Parnaíba na decisão.
Relacionamento abusivo
e com histórico de violência
Segundo a denúncia, o
relacionamento foi marcado por abusos e a vítima já havia sofrido tentativas de
feminicídio. A motivação para crime seria uma suposta infidelidade.
“A discussão entre
acusado e vítima foi ouvida por uma testemunha no momento no qual Sandreia
afirmou que Francisco estava doido ou bêbado, ao ser questionada da suposta
traição”, diz a decisão.
Corpo enterrado no
quintal
Após o assassinato, o
acusado teria cavado um buraco no quintal de casa e colocado o corpo da vítima
lá. Francisco disse aos familiares da esposa que ela havia ido embora.
“Durante esse período agia de forma fria
e com total desprezo à vida humana, haja vista que frequentava serestas,
ingeria bebidas alcoólicas e até mesmo atuava como árbitro de futebol”, pontuou
o juiz Georges de Melo.