O
Conselho de Sentença do Tribunal do Júri de Teresina absolveu na noite
desta quarta-feira, 27, o advogado e ex-vereador Djalma Filho, que foi acusado
de mandar matar o jornalista Donizetti Adalto.
O crime ocorreu há 24 anos. Donizetti, que
na época era candidato a deputado federal, foi espancado e morto a tiros, na
avenida Marechal Castelo Branco, zona Norte de Teresina. Informações Cidadeverde.com
O defensor público, Darcio Rufino,
informou ao portal Cidadeverde.com o processo contra Djalma Filho estava cheio
de erros e inconsistência.
“A tese defendida é que o processo tem falhas e violências, pessoas
foram torturadas, perícias questionadas e o Conselho de Sentença negou a
autoria”.
O advogado e ex-vereador
Djalma Filho, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti
Adalto, voltou a negar qualquer participação no crime, ocorrido em setembro de
1998. Hoje, aconteceu interrogatório na 1ª vara do Tribunal Popular do Júri
após três adiamentos.
"São 8.621 dias e
noites que respondo por uma acusação injusta e improcedente. Todas essas noites
e dias, eu não posso ter o remorso da culpa que não tenho. Tenho o contrário, o
peso da acusação por atos que não fiz [...] a maior expectativa que tenho aqui
hoje é o resgate do meu nome, que construí com muita dificuldade, com muito
trabalho”, disse o acusado na ocasião.
Além de Djalma Filho, o
Júri ouviu os motorista Fabrício de Jesus Costa Lima e Sérgio Ricardo do
Nascimento Silva, e os policiais civis João Evangelista de Meneses, o ‘Pezão’ e
Ricardo Luís Alvez de Sousa, que também são acusados de participação no crime,
e testemunhas de defesa e acusação.
A sessão, que durou quase sete horas, foi acompanhada pelo promotor Regis Marinho, pelo defensor
público Dácio Rufino, e presidida pelo juiz Antônio Noleto, que orientou os
membros do Júri, antes da defesa e acusação apresentarem suas argumentações
sobre o caso, que evitassem tomar qualquer posicionamento tomados por dúvidas para
que pudessem fazer um julgamento “sereno” e “justo” dos acusados.
"Desejo aos senhores
jurados toda a luz de Deus para que façam um julgamento justo. Se a justiça é
condenar, condenem. Se a justiça é absolver, absolvam. Mas contanto que o ato
dos senhores seja justo, para não chegar em casa e ter a sensação de que deu o
voto que não queria [...] o voto dos senhores não é necessariamente
consequência do que disse o promotor ou do que disse a defesa”, pontuou o
magistrado.
O CRIME
Donizetti Adalto foi
espancado e morto a tiros na noite de 19 de setembro de 1998, na avenida
Marechal Castelo Branco, zona norte de Teresina. Naquele ano, o jornalista,
candidato a deputado federal, fazia dobradinha com Djalma Filho, que disputava
uma vaga para a Assembleia Legislativa.
Conforme
relatos de acusados e de testemunhas no processo, Donizetti foi morto quando
estava em um carro que era conduzido por Djalma, quando foram interceptados por
um outro veículo onde estavam os os dois policiais civis, que seriam os
assassinos do jornalista. O ex-vereador é apontado no processo como o mandante
do crime.