O juiz federal
substituto Alexey Süüsmann Pere, da 2ª Vara Federal de Guarulhos, concedeu
liberdade provisórias as irmãs Ingrid da Silva Castro, 23, e Agatha da
Silva Castro, 24, presas no Aeroporto de Guarulhos (SP) ao tentarem
embarcar para Paris com cocaína no estômago. Elas foram soltas nessa
sexta-feira, 2, após audiência de custódia e pagamento de fiança de um salário
mínimo cada.
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As irmãs Ingrid da Silva Castro, 23, e Agatha da Silva Castro, 24, foram presas no Aeroporto de Guarulhos (SP) ao tentarem embarcar para Paris com cocaína no estômago |
Ao g1 a defesa das
jovens não quis comentar sobre o processo. Desde a prisão, as irmãs piauienses
estavam internadas no Hospital Geral de Guarulhos.
Na decisão, o
magistrado considerou que Agatha tem duas filhas menores de 12 anos, a
inexistência de comprovação de maus antecedentes criminais, a comprovação de
residência fixa e a quantidade de droga encontrada com as jovens é inferior à
média de apreensões realizadas comumente no Aeroporto Internacional de
Guarulhos.
Além do pagamento de
fiança, o juiz determinou a aplicação de medidas cautelares, como: proibição de
deixar o país enquanto durar o processo, com retenção de seus passaportes;
proibição de se ausentarem de suas residências por mais de 8 dias sem
autorização; comparecimento mensal ao Juízo de seu domicílio para justificar
suas atividades, e a todos os atos da instrução sempre que convocadas;
compromisso de manter atualizados seus endereços.
"Ficam as
investigadas advertidas que o descumprimento de qualquer das condições impostas
importará em quebra de fiança, com perda da metade de seu valor, e em novo
decreto de prisão preventiva", acrescentou.
Juiz diz que as jovens
eram 'mulas profissionais'
Em decisão anterior
sobre a conversão da prisão em flagrante para preventiva, o juiz federal
substituto Alexey Süüsmann Pere confirmou que as jovens eram 'mulas
profissionais'.
"A prisão
preventiva visa a garantia da ordem pública, em razão dos indícios de
envolvimento das indiciadas em organização criminosa, entre eles as certidões
de movimentos migratórios que apontam outras viagens ao exterior, de curta
duração, incompatíveis com a situação econômica declarada por elas, a indicar
sua dedicação ao crime como mulas profissionais, sendo concreto o risco de que
tornem a delinquir", disse.
O juiz chegou a requisitar, por meio
eletrônico, às Justiças Federal e Estadual de São Paulo e de Teresina, além da
Interpol, as informações sobre eventuais registros criminais em nome das
suspeitas. Do G1 Piauí