O governo federal divulgou a inauguração de três novos campi do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI). O estado atualmente abriga 23 unidades vinculadas à Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Os novos campi serão estabelecidos em municípios que carecem de presença dos Institutos Federais ou possuem baixa cobertura de educação profissional, nomeadamente Barras, Esperantina e Altos. O investimento projetado para a construção das novas instalações é de R$ 75 milhões, prevendo a criação de 4.200 vagas.
O anúncio da expansão dos IFs foi feito pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, acompanhado pelo Ministro da Educação, Camilo Santana, e pelo Ministro da Casa Civil, Rui Costa, em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), nesta terça-feira, 12.
Através do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), serão alocados R$ 3,9 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões serão destinados à criação dos novos campi e R$ 1,4 bilhão para fortalecer as unidades já existentes, incluindo a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos. Essa iniciativa envolve o Ministério da Educação (MEC), a Casa Civil, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).
O anúncio da expansão dos IFs foi feito pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em uma cerimônia realizada no Palácio do Planalto, nesta terça-feira, 12/Reprodução |
O objetivo dessa expansão é ampliar a oferta de vagas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), proporcionando oportunidades tanto para jovens quanto para adultos. Além disso, a construção de novos campi em áreas urbanas impacta positivamente o setor da construção civil, contribuindo para a geração de emprego e renda. Quando em pleno funcionamento, as novas instituições educacionais serão catalisadoras do desenvolvimento local e regional.
Novos institutos federais
O programa de expansão dos IFs representa um reinvestimento significativo na criação de novas unidades no país, quase uma década após a última expansão estruturada da Rede Federal. Também reconhece o sucesso de uma das políticas educacionais mais eficazes no campo da educação profissional, que levou educação pública de qualidade a áreas remotas e afastadas dos grandes centros urbanos e capitais estaduais, estabelecendo-se como uma das redes mais abrangentes na oferta de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação.
Em termos históricos, em 29 de dezembro de 2008, o então Presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.892, instituindo a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Entre os anos de 2005 e 2016, durante os governos Lula e Dilma, ocorreu a maior expansão da história da Rede Federal, que inclui os Institutos Federais, os Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets) de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, as Escolas Técnicas Vinculadas às Universidades Federais, o Colégio Pedro II e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Nesse período, foram criados 422 campi, sendo 214 entre 2005 e 2010, e 208 entre 2011 e 2016, com a incorporação de outras 92 unidades à Rede. Atualmente, a Rede Federal conta com 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com a adição dos 100 novos campi, a Rede Federal passará a ter 782 unidades, incluindo 702 campi de IFs.