Depois
que a Polícia Civil do Piauí realizou a Operação Contemplatus, contra um grupo de empresários suspeitos de aplicar golpes em Parnaíba, no litoral do estado,
dezenas de "clientes" do grupo procuraram a delegacia para verificar
se também foram vítimas deles.
O
prejuízo causado pelos suspeitos havia sido estimado em R$ 200 mil. Se
confirmadas as suspeitas sobre as novas vítimas, esse valor ultrapassaria a R$ 500 mil.
A
Polícia Civil realizou a operação na terça-feira, 25, com base nas denúncias de
cerca de 30 vítimas. Após a divulgação do caso, mais de 30 pessoas buscaram a
delegacia.
Essas
pessoas serão ouvidas pelos policiais e suas denúncias anexadas ao processo. Os
casos precisam ainda ser analisados pelos policiais da Polícia Civil de
Parnaíba.
"Tivemos
que distribuir senhas para conseguir atender a todos", comentou o delegado
Abimael Silva, responsável pela investigação.
Na
terça, 25, quatro pessoas foram presas. Os alvos são investigados por
estelionato, fraudes contratuais de instituições financeiras, formação de
quadrilha e lavagem de dinheiro.
Um
dos presos foi identificado pela polícia como Leonardo Gabriel Silva de Sousa,
sócio-administrador de uma empresa especializada na venda de cartas de crédito.
Como
funcionava
O
delegado Abimael Silva explicou que as vítimas compareciam à delegacia
relatando que haviam feito contrato de consórcio com uma empresa, dado uma
entrada de 9 a 12% do valor do bem que pretendiam adquirir e, passado um tempo,
após não serem contemplados, suspeitavam da empresa.
“Aparentemente
se tratava de um contrato tranquilo com uma empresa, de compra de imóveis, consórcios.
A empresa solicitava uma entrada dizendo que facilitaria a contemplação ou
recebimento mais rápido do imóvel. Passava o período estipulado, as vítimas não
recebiam nada em troca e retornavam à empresa", contou.
"Lá
diziam 'não, você realizou a compra de um consórcio e tem que aguardar uma
contemplação' e elas apareciam registrando Boletim de Ocorrência. Depois de
seis meses [de investigação], a gente conseguiu identificar que, na verdade,
não existe nenhum consórcio. Foram identificados documentos falsos, fraudes
bancárias e crimes contra consumidores”, completou o delegado.
Os
presos foram conduzidos para a Central de Flagrantes de Parnaíba para os
procedimentos legais.
Nota
de esclarecimento
LS
Investimentos vem a público esclarecer os fatos amplamente divulgados na imprensa
local em razão de expedição de mandados de busca e apreensão em face da empresa
e de seus colaboradores.
Como
é de conhecimento a empresa possui uma carteira de mais de 400 clientes da
empresa que há anos se consolidou no mercado de venda e assessorias em
consórcio no mercado de toda região norte.
Na
data de hoje a administração da empresa foi surpreendida com a chegada de
membros da DEPATRI-PHB, munidos de busca e apreensão, expedido de forma ilegal,
pois é oriundo de decisão arbitrária em que o Ministério Publico não tomou
ciência do pedido de busca e apreensão, bem sequer existe denuncia.
A
título de esclarecimento a investigação foi iniciada por delegado diferente do
qual solicitou a medida de busca e apreensão, e talvez por falta de zelo e
inobservância da garantia do devido processo legal, o delegado permitiu além da
divulgação da operação a divulgação dos envolvidos, em processo que foi
protocolado sobre segredo de justiça.
Ademais
a empresa que ora expede esclarecimento, solicita que aos clientes que se
sentirem lesado compareçam até a delegacia do Patrimônio, que pontualmente
todos os esclarecimentos serão dados, como tem sido, desde o inicio das
investigações.
Infelizmente
por falta de técnica em investigação, o pedido solicitado foi juntado sem a
petição de esclarecimentos juntada pela parte investigada, fato este que por si
só demonstra gravidade e parcialidade nas investigações. Cabe ainda ressaltar
que antes mesmo das investigações a LS investimento não intermediava mais
negociações em nome das instituições financeiras citadas no processo, que
estariam supostamente agindo de forma ilegal no comércio de consórcios.
De
fato lamentamos a espetacularização de modo que foi gerido o pedido e
lamentamos ainda mais, uma decisão arbitrária de tal modo que o Ministério
Público nem tomou conhecimento do pedido de busca e apreensão para emitir
parecer sobre a legalidade.
Por
fim reiteramos em que nenhum momento a empresa agiu por meio de seus
representantes legais na pratica de crimes contra o patrimônio ou de qualquer
outro tipo e solicitamos ainda que os clientes que por direito se acharem
lesado se dirijam até a DEPATRI-PHB, onde serão esclarecidos todos os fatos
ilegalmente divulgados, bem como na esfera da 1ª Vara Criminal de Parnaíba –
PI.
Reitera-se de modo a verdade dos fatos, qual
seja, a empresa LS investimentos é uma empresa idônea que cumpre todos seus
deveres legais e que contribui e contribui desde o inicio das investigações,
sendo alvo de medida extrema e ilegal, que será devidamente reparada na
justiça. Do G1 Piauí