Com informações da Agência Brasil
Pesquisa CNT/MDA divulgada hoje (8) indica que 11,3% dos
brasileiros avaliam positivamente e 28% negativamente o governo interino do
presidente Michel Temer. Para 30,2% dos entrevistados, o atual governo é
regular, enquanto 30,5% dizem não saber opinar.
No que se refere ao desempenho pessoal do presidente, 40,4%
desaprovam, e 33,8% aprovam. Na comparação entre os governos Temer e Dilma
Rousseff, 54,8% dos entrevistados disseram que os governos estão iguais e que
não percebem nenhuma mudança no país desde que Temer assumiu interinamente o
governo. Para 20,1%, o atual governo está melhor do que o anterior, enquanto
14,9% o consideram pior.
A pesquisa revela que 46,6% dos brasileiros acreditam que a
corrupção no governo Temer será igual à ocorrida no governo Dilma. Ainda
segundo a CNT, 28,3% acreditam que ela será menor; enquanto 18,6% avaliam que
será ainda maior.
A CNT perguntou o que o brasileiro pensa em relação ao
impeachment da presidente Dilma Rousseff: 62,4% dos entrevistados consideram
correta a decisão pelo afastamento e 33% avaliam como um erro. Enquanto 61,5%
dizem que o processo foi legítimo, 33,3% avaliam que foi ilegítimo. Para 68,2%,
Dilma será cassada e Temer permanecerá no cargo, 25,3% acreditam que Dilma
reassumirá o cargo.
Apesar de o impeachment ter sido motivado pelos atrasos nos
repasses a bancos públicos para pagamento de benefício sociais feitos pelo
governo Dilma, por meio das chamadas pedaladas fiscais, 44,1% dos entrevistados
dizem que o motivo do afastamento é a corrupção no governo federal; e 37,3%
dizem que o motivo é a tentativa de obstrução da Lava Jato. Apenas 33,2% citam
as pedaladas fiscais como o motivo.
A pesquisa revela que 89,3% das pessoas dizem ter
acompanhado ou ter ouvido falar da Lava Jato. Deste total, 66,9% consideram
Dilma culpada pela corrupção que está sendo investigada (o que corresponde a
59,7% da população). Também dentro do percentual de pessoas que se disseram
informadas sobre a Lava Jato, 71,4% acreditam que o ex-presidente Lula é
culpado (o que corresponde a 63,7% do total de pessoas pesquisadas).
No que se refere às ações consideradas prioritárias pela
população brasileira, 57% acreditam que o mais importante é gerar empregos. Em
segundo lugar está a melhoria da saúde, que deve ser prioridade em termos de
ações governamentais para 41,4% dos entrevistados. O combate à corrupção é o
que deve ser priorizado, segundo 30,6% das pessoas consultadas pela pesquisa. A
melhoria dos resultados da economia é prioridade para 24,7%; e a redução de
gastos do governo, para 15,5%. Em seguida vem a melhoria da segurança (14,8%) e
as reformas necessárias ao Estado (prioridade para 6,8%).
A CNT avaliou também os governos estaduais e municipais.
Segundo a pesquisa, 3,6% dos brasileiros avaliam como ótimo o seu governador;
22,9% consideram-no bom e 34,7% avaliam o governador de seu estado como
regular. Para 17,2%, o governador é ruim e para 17,7% ele é péssimo. No âmbito
municipal, 4,2% avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo; 22,4% como bom;
25,8% como regular; 15,4% como ruim; e 29,8% como péssimo.
O levantamento buscou identificar também as expectativas da
população para os próximos seis meses, relativas a emprego, renda, saúde,
educação e segurança pública. Para 27,2% da população, os empregos vão melhorar
nos próximos seis meses; 33,4% acreditam que a situação vai piorar; e 37,5%
acreditam que a situação permanecerá igual. Em relação à renda mensal, 19,8%
acreditam que a renda vai aumentar no próximo semestre, enquanto 26,4% acha que
a renda vai diminuir; e 51,1% acredita que ficará igual.
Para 20,4% da população, a saúde registrará melhora nos
próximos seis meses. O número é menor do que os que acreditam que vai piorar
(36,6%) e dos que creem que ficará igual (41,3%). A educação deverá melhorar ao
longo do mesmo período, de acordo com a expectativa de 20,7% dos entrevistados,
mas piorará, segundo 32,5%; e ficará igual, segundo 45% dos consultados para a
pesquisa. Perguntados sobre como acreditam que a segurança pública estará daqui
a seis meses, 19,3% disseram que ela estará melhor, 38,8% acreditam que vai
piorar e 40,2% que ficará igual.
A pesquisa CNT/MDA ouviu 2002 pessoas em 137 municípios de
25 unidades federativas entre os dias 2 e 5 de junho. A margem de erro é de 2,2
pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.