PpC com informações do portal meionorte
Após uma denúncia feita pela promotora de justiça Leida
Diniz, de que o Instituto Médico Legal (IML) estaria abrigando cerca de 11
corpos de crianças há mais de um ano, o 4ª Conselho Tutelar de Teresina entrou
no caso, pedindo providências e explicações sobre a presença desses corpos. O
conselheiro tutelar Djan Moreira entregou na terça-feira, dia 21, um oficio
pedindo esclarecimentos sobre a real situação.
"Denúncia feita pela Dr. Leida Diniz, que é promotora
de Justiça. Ela colocava isso, de que havia 51 corpos no IML e que desses 51,
11 eram de crianças. Então, nós protocolamos hoje pela manhã o oficio e fazendo
algumas perguntas, entre elas: Se há
realmente esses corpos no IML; qual a fiaxa etária; se foram identificados; se
foi identificado algum familiar e a última pergunta: por quais razões os corpos
dessas crianças ainda permanecem no IML? ", questionou.
De acordo com o Conselheiro Tutelar, os corpos estariam
amontoados no local por falta de caixões. "A funcionária nos pediu 15 dias
para poder nos responder e repassar essas informações. O certo é que, segundo
informações, esses corpos estão lá amontoados por conta da falta de caixões. Se
é por causa da falta de caixão, nós estamos fazendo esses procedimentos e se
for o caso vamos recorrer da velha 'vaquinha', para poder comprar esses
caixões, já que o estado e o município ficam aí lavando as mãos", acrescentou.
O diretor do IML, Daniel Guedes, disse que está realizando o
levantamento dessas informações. "De imediato, entrei em contato com os
auxiliares de necropsia, para fazer esse levantamento. Então, semana passada,
havia sido divulgado na mídia que nós tínhamos dentro do IML 51 corpos
aguardando o enterro. e que não foi possível até o momento", disse.
Segundo ele, ainda não é possível saber o sexo e faixa
etária das possíveis crianças que estariam há mais de um ano no IML. "A
questão do sexo dessas possíveis crianças e faixa etária nós não podemos dizer
muita coisa ainda, já que estamos na fase de levantamentos. Os corpos continuam
aqui porque nós continuamos aguardando as urnas provenientes dos órgãos
responsáveis", argumentou.
Daniel prefere não falar em 'lotação', mas ressalta
problemas e dificuldades enfrentadas pelo IML. "Os 51 corpos não lotam as
geladeiras, porque ainda temos uma certa quantidade de espaço, mas são 11
geladeiras, sendo que cada uma comporta 6 corpos. Algumas delas vão para o interior,
IML de Picos e Parnaíba, É uma situação tensa, porque a qualquer momento uma
dessas geladeiras pode apresentar algum defeito e os moradores das proximidades
do IML podem sofrer com o forte odor", afirmou.