Por Marcelo Rocha |
Vereador R. Silva (PP) disse que a decisão dos policiais
militares é irreversível
Novembro de 2015. Quinze integrantes das associações da
Polícia Militar recebem mandados de prisão. O crime cometido foi lutar pelo
cumprimento de aumento no salário do policial militar determinado por um acordo
feito pelo governo estadual e se tornando uma lei. O governo teria que pagar a
primeira parcela do reajuste no mês de maio de 2015.
Os policiais militares, na ativa e da reserva, foram pegos
de surpresa com a decisão do Governo do Estado mandar prendê-los. Não deu para
entender como um governador que surgiu do movimento sindical pudesse autorizar
essas prisões. Eram 14 homens e uma mulher.
Ao saberem que iriam ser presos, os diretores das
associações das categorias da PM se esconderam. Apenas um foi preso. Ele estava
numa sala de aula, quando outros policiais militares lhe deram voz de prisão.
Foram cinco dias detido.
A intenção do governo estadual era que quando todos fossem
presos iriam ficar detidos fora da corporação militar. Ficariam em celas das
Forças Armadas.
O vereador de Teresina, R. Silva (PP), sargento na reserva,
era um dos membros das associações que estava na lista dos 15 condenados a
ficar atrás das grades. A acusação era que os militares descumpriam 27 artigos
do Código de Processo Penal Militar.
O vereador lembra que em 2014, ano eleitoral, Wellington
Dias havia conversado com os representantes da PM-PI, oficiais e praças, e se
comprometido em cumprir algumas reivindicações dos militares. Um dos pedidos
feitos pelos PMs foi de que o governo estadual fizesse a inclusão anual, por
meio de concurso público, de 1.000 policiais militares. O candidato Wellington
Dias disse que iria contratar mais de mil soldados.
Já governador, Wellington Dias contratou 800 policiais
militares que passaram no concurso público realizado em 2013. E este ano, o
Governo tenta realizar outro certame oferecendo apenas 400 vagas.