Edição Parnaíbapontocom
O economista Joaquim Levy aceitou nesta segunda-feira, 12, o convite para
presidir o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). Ele foi convidado pela equipe de Paulo Guedes, confirmado para o
superministério da Economia, e a informação divulgada por sua assessoria.
É o primeiro na equipe econômica do governo de Jair
Bolsonaro. Com experiência na administração pública, Levy foi ministro da
Fazenda de janeiro a dezembro de 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff,
com a promessa de realizar um ajuste fiscal para conter os gastos públicos.
Na semana passada, Bolsonaro afirmou que pretende “abrir a
caixa-preta” do BNDES em referência a empréstimos suspeitos negociados em
gestões anteriores. Segundo ele, a sociedade tem direito de saber como é
utilizado o dinheiro público.
Histórico
Engenheiro naval de formação, Levy possui doutorado em
economia da Universidade de Chicago (EUA), a mesma de Paulo Guedes. Ele também
foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro
mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Antes, no governo do presidente Fernando Henrique Cardoso,
foi secretário adjunto da Secretaria de Política Econômica do Ministério da
Fazenda, no ano 2000.
De 2010 e 2014, Levy foi diretor do banco Bradesco. Para
assumir a presidência do BNDES, Levy deixará a diretoria financeira do Banco
Mundial, cargo que ocupa atualmente.
Em 2007, foi secretário de Fazenda do Rio de Janeiro no
primeiro mandato do governador Sergio Cabral.
Antes de trabalhar no governo federal, Levy acumulou
experiência internacional, trabalhando de 1992 a 1999 no Fundo Monetário
Internacional (FMI) e de 1999 a 2000, foi economista visitante no Banco Central
Europeu.
Gestão
No cargo de ministro da Fazenda do governo Dilma Rousseff,
Levy adotou um programa de austeridade fiscal e desfez uma série de
desonerações concedidas no primeiro mandato de Dilma. Os benefícios
incentivavam desde a compra de veículos à redução do preço dos combustíveis.
Levy também endureceu as regras de pagamento do abono
salarial para os trabalhadores de carteira assinada que ganham até dois
salários mínimos.
O então ministro ainda tentou, sem sucesso, reter até 30%
dos recursos do Sistema S, que financia programas de aprendizagem e formação
técnica, para cobrir o déficit fiscal de 2016. Por pressão da indústria, o
então ministro recuou da ideia.
Ministros
O presidente eleito Jair Bolsonaro desembarca nesta
terça-feira, 13, em Brasília para intensificar a agenda de transição, definindo
inclusive mais nomes para compor a equipe de governo.
Entre as prioridades da semana estão a definição de
estratégia para a reforma da Previdência e a definição de, pelo menos, quatro
nomes de ministros para as áreas de Meio Ambiente, Defesa, Saúde e Relações
Exteriores.
O atual presidente do Banco Central, Ilan Goldjfan, também
foi convidado para continuar no próximo governo, mas ainda não se pronunciou.
Paralelamente, Guedes trabalha para ver aprovado o mais rápido o possível o
projeto que garante a independência do Banco Central.
Há, ainda, expectativas sobre os novos comandos para a
Petrobras e o Tesouro Nacional.
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Levy foi ministro da Fazenda de janeiro a dezembro de 2015, no segundo mandato de Dilma Rousseff, com a promessa de realizar um ajuste fiscal para conter os gastos públicos. Ele também foi secretário do Tesouro Nacional entre 2003 e 2006, durante o primeiro mandato do então presidente Lula |