Edição Parnaíbapontocom
Estudantes do curso de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) voltaram a protestar na manhã desta terça-feira, 18, desta vez em frente ao Palácio de Karnak, sede do Governo do Piauí, onde reivindicaram mais recursos para a instituição de ensino.
A manifestação contou com o apoio do Sindicato dos Docentes da Uespi, que juntos com os acadêmicos, criticam a péssima estrutura da universidade, a falta de professores e a possibilidade do curso acabar.
Na semana passada, o grupo tentou pressionar os deputados na Alepi por um orçamento maior para a UESPI, alertando sobre o estado de abandono da instituição. Havia um acordo para que a análise do Orçamento para 2019 em Plenário pudesse acontecer nesta terça, 18, com a presença dos estudantes pela defesa de mais recursos para a universidade. Porém, já ontem, o orçamento foi apreciado em 1ª e 2ª votação.
O estudante Aldo Rodrigues falou que o principal objetivo da manifestação é apenas dialogar com as autoridades. "Nossa intenção é conversar com qualquer representante do Governo, porque são anos de descaso com a instituição e esse estado que ela está agora de sucateamento, um estado catastrófico a ponto de o meu curso, por exemplo, de Medicina, daqui a um ano, dois anos, poder fechar por falta de professor, por falta de estrutura". O aluno lembra que atenção com a instituição vai além da atenção aos docentes e discentes. "É uma coisa que vai beneficiar toda a sociedade".
No Karnak, os portões foram fechados para impedir a entrada do grupo, que fez passeata pela Avenida Frei Serafim, chamando atenção da população. "Nós somos estudantes. Daqui a cinco, dez anos, estaremos prestando serviços para a sociedade. Nós só sairemos daqui quando todos entrarem nesse pátio do Karnak e quando a comissão marcar uma audiência com o governador, com os secretário da Fazenda, qualquer coisa do tipo", afirma o aluno.
A presidente do Sindicato dos Docentes da Uespi, Rosângela Assunção, disse que os professores defendem a realização de um concurso público e por isso apoiam o movimento. "Nós estamos apoiando porque o sindicato dos docentes defende a Uespi em primeiro lugar. Nós queremos é isso, uma universidade que abarque e que atenda todos os estudantes e que aqui chegaram. Esses estudantes estão hoje reclamando da calamidade estrutural que a Uespi passa. Os tetos das salas desabando na cabeça deles, falta de professores, falta de livros, falta de laboratórios".
"Enfim, é uma situação precária e nós entendemos que a universidade está sendo abandoada pelo Governo do estado. Então, esse movimento dos estudantes é pedindo mais recursos para a Uespi e reforma dos campus que estão com problemas, e ao mesmo tempo eles estão pedindo também professores que é uma defesa nossa, concurso público, porque a gente sabe que a quantidade de professores que nós temos não é suficiente para resolver os problemas que nós temos aqui", finaliza Rosângela. As informações são do 180Graus.